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Home staging: como conseguir a decoração perfeita num espaço para turistas
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Ensinar a aproveitar e valorizar ao máximo o potencial de cada espaço e tornar as casas mais atrativas é o objetivo da rubrica quinzenal do idealista/news Portugal, assegurada pela Home Staging Factory. Hoje dizemos-te como conseguir a decoração perfeita num espaço turístico, seja um alojamento local ou uma unidade hoteleira. E, muito importante, os erros que tens que evitar cometer.

Já Coco Chanel dizia: “O luxo é uma necessidade que começa quando a necessidade termina”.  O significado de luxo está ligado ao supérfluo, à ostentação; à opulência. Algo que não sendo essencial gera conforto e prazer. 

Tradicionalmente, o luxo era associado à exuberância, à riqueza das cores, dos materiais, dos acessórios. Mas hoje, valores mais altos se levantam! Luxo é equilíbrio. Luxo é silêncio. Luxo é tempo. Luxo é ter espaço para circular.

Hoje valoriza-se a simplicidade, a depuração e a funcionalidade.

Mais que opulência, valoriza-se o espaço que respira.

Na indústria hoteleira/turística, há uma tendência notória neste sentido. Os quartos mais apreciados são espaços brancos, depurados e simples, funcionais e com boa circulação, que transmitem tranquilidade e bem-estar. Os quartos às cores, decorados com têxteis às flores ou com motivos muito marcados nas paredes estão a desaparecer.

Mas ainda há muitos espaços com pouco espaço! 

Basta fazer uma breve pesquisa na internet para ver alguns dos erros mais comuns. Alojamentos locais que parecem montras de produtos portugueses ou quartos onde as cores berrantes da paredes nos gritam aos ouvidos.

No segmento do turismo, o design de interiores deve ser utilizado para potenciar a identidade e o posicionamento da marca, mas acima de tudo para proporcionar uma boa experiência aos clientes. Elementos como a arquitetura, o mobiliário e o ambiente contribuem para a experiência global dos visitantes e são determinantes na escolha, satisfação ou insatisfação do cliente. E as implicações para o negócio são reais e traduzem-se ou não na repetição da visita e na promoção  “boca-a-boca”.

Quais os erros mais comuns que os proprietários fazem quando escolhem a decoração para os seus alojamentos?

Gosto pessoal – um dos erros mais comuns é decorar o espaço segundo o gosto pessoal. Quando se desenha um espaço turístico temos que nos colocar na pele do visitante. Definir quem é o nosso cliente e o que ele valoriza é essencial. Não podemos cair no erro de colocar um canapé só porque é antigo, muito bonito e uma peça diferenciadora. O hóspede precisa acima de tudo um sofá confortável para se sentar no fim de um dia cansativo.

Não definir o briefing – para que o projeto de decoração corresponda às expetativas e seja executado rapidamente (tempo é dinheiro) é preciso definir o que se pretende e alinhar expetativas antes de iniciar a decoração. O briefing vai definir as caraterísticas e conceito do projeto, o perfil do cliente, o segmento a atingir, as caraterísticas dos quartos e algumas especificidades.

Poupar no essencial – há peças onde não se deve poupar. São essenciais e marcam determinantemente a experiência do visitante. A cama, o colchão, o duche e os materiais da casa de banho devem ser bons e robustos. Ninguém quer um colchão mole, um duche sem pressão ou o toalheiro enferrujado. Apostar em bons materiais E adaptados ao uso constante do turismo é fundamental.

O que faz um bom quarto de hotel?

A melhor coisa que existe num quarto é a sua simplicidade. Depois de palmilhar uma cidade inteira, o que mais queremos descansar. Muitas vezes os proprietários sentem necessidade de encher os quartos com cores, quadros na parede ou acessórios. Tranquilidade e sossego é o que se pretende num quarto. Um bom colchão, a iluminação certa, cores suaves e funcionalidade (como os interruptores e tomadas no sítio certo) são os factores chave.

Há espaço para a diferenciação?

Ainda que se queira diferenciar um espaço através de elementos marcantes ou interiores luxuriantes, há que não esquecer que há uma procura crescente pela simplicidade e minimalismo. Isto não significa que basta uma cama e um candeeiro, significa que hoje o desafio de criar algo diferenciador e interessante é ainda maior.

Quartos simples e originais, equipados com alta tecnologia são hoje a coqueluche da indústria hoteleira. Ambientes puros e depurados, conjugados com valores como a sustentabilidade e consciência social estão a abrir um novo e desafiante mercado ao design de interiores especializado no segmento do turismo.

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