A conversa deveria ser com “os arquitetos”: Tomé Capa, Ivo Vaz Barbosa, Ricardo Acosta, sócios fundadores do LIMIT Studio, e Leonardo Rodrigues, colaborador.
Um apartamento no centro de Viseu que nos faz sentir como num resort de luxo em qualquer lugar do mundo. Sente-se paixão pelo espaço e é exatamente na mesma intensidade que observamos os olhares trocados por este casal – André Oliveira e Liliana Costa, arquitetos e sócios fundadores do atelier Artspazios. Apaixonados um pelo outro, pelo equilíbrio, pela natureza, beleza e arte - e pela vontade de criar espaços capazes de dar qualidade de vida às pessoas.
O conceito nasceu no Reino Unido, mas dez anos depois de Mariana Morgado Pedroso ter trazido a Architect Your Home para Portugal, a empresa comprou a casa-mãe, a Architect Your Home UK, ficando assim a deter a marca e trazendo a sede para “casa”, em Paço de Arcos.
A arquiteta lidera agora quase 30
Apaixonado pela arquitetura e pela sua equipa, João Rodolfo é a personificação da liderança. Foi no Traçado Regulador – atelier que fundou em 1997 – sob o olhar curioso dos colaboradores, habituados à sua discrição, que nos recebeu. Embora acredite que a arquitetura é cada vez mais valorizada, reconhece que ainda há um caminho a percorrer para que “a sociedade a valorize como indispensável”.
Arquitetos de nove países diferentes – Portugal, Brasil, Turquia, Egipto, Polónia, Alemanha, Áustria, Equador e Itália, num mesmo atelier. Há sempre pessoas novas a chegar e outros que levam estas experiências para outros lugares. Este dinamismo sente-se no espaço da MASSLAB, atelier de arquitetura fundando em 2016 por Duarte Ramalho Fontes, Diogo Sousa Rocha e Lourenço Menezes Rodrigues.
A arquiteta Maria João Andrade recebeu-nos na sua casa, nos arredores do Porto. Não foi desenhada por si ou pelo marido, Ricardo Cordeiro, com quem fundou a MJARC em 2006. A casa foi projetada pelo bisavô. E este “compromisso de dar continuidade daquilo que já vem do pai, avô e bisavô” é a representação perfeita da visão de Maria João Andrade sobre a sustentabilidade e a arquitetura: não desperdiçar recursos, reabilitar, devolver ao espaço uma outra linguagem.
É impossível não reparar na fachada da Casa do Arco, em Ílhavo, Aveiro, mesmo às portas da emblemática Vista Alegre. Simples e perfeita como um desenho de criança. Quando a arquiteta Maria João Fradinho Ribeiro abre a porta daquele que é o refúgio da sua família, o encanto é ainda maior: enormes janelas de vidro inundam o espaço de luz, mesmo num dia escuro de chuva.
Uma montra virada para a rua, no centro de Lisboa, obriga-nos a espreitar para ter a certeza de que chegámos. Imponência e descrição podem existir no mesmo espaço. Miguel Martins Santos recebeu-nos no atelier Fragmentos, um coletivo que partilha com mais três arquitetos, Duarte Pinto-Coelho, Marcus Cerdeira, e Pedro Silva Lopes.