Comentários: 0
Casas de férias no Algarve: burlão preso por enganar turistas portugueses e estrangeiros
GTRES

José Maria (nome fictício) arrendava casas de férias no Algarve, durante o verão. Fazia negócios com portugueses e estrangeiros. Mas os turistas que lhe arrendaram casas, e adiantaram dinheiro para pagar a reserva ou a totalidade da estadia, nunca chegaram a gozar destas habitações perto da praia. O idealista news Portugal conta-te o esquema deste burlão.

Este promotor, afinal, não tinha quaisquer direitos sobre as respetivas casas que anunciava. No total, entre 2010 e 2012 foram enganadas 89 pessoas e José Maria agora está em preso por burla qualificada, apurou o idealista News Portugal junto do Ministério Público (MP).

“Foi deduzida acusação contra um arguido”, confirmou fonte oficial do MP, adiantando que “o arguido encontra-se em prisão preventiva à ordem deste processo desde 3 de agosto de 2013”. A investigação foi entregue, pela Procuradoria Geral da República, ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal e o processo remetido para julgamento no Tribunal de Vila Real de Santo António (NUIPC 32/11.3TAVRS).Na acusação foram arroladas para julgamento um total de 105 testemunhas, sendo a acusação de 26 de novembro de 2013.

Os factos investigados e apurados ocorreram nos anos de 2010 a 2012, no Algarve (zona do sotavento), mas têm repercussão em todo o território nacional e nalguns países estrangeiros, locais de residência dos lesados e de onde estes efetuaram os pagamentos. Ou seja, turistas portugueses e estrangeiros que queriam passar férias no Algarve e a quem José Maria prometia arrendar-lhes casas, sabendo que as mesmas não estavam na sua disponibilidade para esse fim.

Operando em períodos sazonais, no verão, “o arguido convenceu os indivíduos interessados nos arrendamentos a entregarem-lhe as quantias monetárias que correspondiam ao pagamento de parte ou da totalidade do preço de arrendamento das casas, sem que tivesse diligenciado pela angariação das habitações”, descreve o MP.

Com este esquema, José Maria conseguiu angariar mais de 45 mil euros e fez deste o seu modo de vida, nos anos de 2011 e 2012. Segundo informações do MP, foram identificados 89 lesados com a atuação do arguido, tendo-se considerado que por cada lesado foi cometido um crime de burla.
Na acusação foram arroladas para julgamento um total de 105 testemunhas e a acusação é de 26 de novembro de 2013.

DCIAP alerta para burlas em arrendamentos pela internet

É por casos como estes que o DCIAP alerta que todo o cuidado é pouco quando se arrenda uma casa de férias através de um anúncio visto na internet. “Poderá desconfiar logo de arrendamentos de casas que comparativamente importem o pagamento de um reduzido valor”, diz a entidade.

O DCIAP recomenda que “qualquer entrega de sinal para arrendamento de casa para férias através da internet” seja “precedido de consultas sobre o anúncio em causa e sobre anúncios semelhantes com as mesmas fotos ou imagens, na busca de eventuais denúncias informais de burlas por parte de outros internautas”.

O departamento do Ministério Público aconselha ainda a solicitar a identificação do anunciante ou da pessoa com que se estabelece contacto, bem como da identidade “do titular da conta bancária, que deverá coincidir com a do anunciante”. É importante verificar se o “eventual contacto móvel fornecido continua ativo”.

O DCIAP adianta que já “foram identificados, em todo o país, inúmeros casos em que as pessoas pagaram o sinal para arrendamento de casa de férias” e que, quando “deslocaram ao local na data aprazada”, o imóvel “não existia, ou pertencia a outra pessoa desconhecedora da situação", ou já estava arrendado.

 

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta

Publicidade