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A encruzilhada do El Corte Inglés

Muito antes da morte de Isidoro Álvarez, a companhia levava tempo já sem rumo certo, com a rentabilidade em mínimos e a precisar de se adaptar aos novos padrões de consumo. Os seus novos gestores têm agora de enfrentar a eterna assinatura dependente da internacionalização, que o grupo foi incapaz de levar a bom porto nos tempos de bonança.

"A administração da empresa vai continuar a impulsionar os processos de melhora da gestão. Seguirá promovendo iniciativas de inovação e estímulo com a inestimável cooperação dos nossos fornecedores". Estas foram as últimas palavras pronunciadas em público por Isidoro Álvarez, que faleceu no passado domingo aos 79 anos em Madrid, citadas pelo portal Vozpópuli.

Se for tido em conta o êxito de outros rivais (o caso mais claro internacional é o de Inditex; e no local Mercado), ou simplesmente se forem analisados os números friamente, o certo é que os novos gestores do grupo, Dimas Gimeno (1975), sobrinho de Álvarez, e Manuel Pizarro, contratação estrela deste verão, têm pela frente uma árdua e complexa tarefa para endireitar o rumo de uma empresa convertida, mas perdida, segundo escreve o jornal online espanhol.

Espanha perde segundo gestor de peso em menos de uma semana

Isidoro Álvarez morreu este domingo, aos 79 anos,  no Hospital universitário Puerta de Hierro de Majadahonda, em Madrid, menos de uma semana depois do banqueiro espanhol Emilio Botín, presidente do Santander.

O corpo de Isidoro Álvarez encontra-se em câmara ardente na Fundação Ramón Areces, no centro de Madrid

O presidente do Corte Inglés já estava internado desde quarta-feira, devido a insuficiência respiratória e, segundo nota do armazém, terá falecido de “uma crise cardíaca inesperada”, provocada por essa infecção respiratória.

A última vez que apareceu em público, foi no passado 31 de Agosto durante a Assembleia-geral de Accionistas do grupo.

O também presidente do Conselho da Fundação Ramón Areces era considerado um dos grandes especialistas da grande distribuição.

Nasceu em Borondes, em 1935, e era licenciado em Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Complutense.

Em 1959, com 24 anos, foi nomeado conselheiro da sociedade, e desde 1966 é conselheiro diretor-geral, de acordo com nota informativa no siteda empresa.

Após a morte de Ramón Areces, foi nomeado pelo Conselho de Administração como presidente do El Corte Inglés, a 02 de agosto de 1989.

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