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À esquerda, Ángel, Ron, presidente do Banco Popular

O Banco Popular decidiu desinvestir na área de fundos de investimento em Portugal, colocando à venda as sociedades gestoras de fundos imobiliários e mobiliários com que opera no mercado nacional. O banco espanhol tem recebido várias manifestações de interesse, mas está, porém, com dificuldades em fechar a operação, que está a ser conduzida desde Madrid, apurou o idealista News.

O concurso para a venda da SGFM - Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários, em pacote com a SGFII - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário do Banco Popular em Portugal está neste momento em curso. A instituição espanhola queria ter fechado este processo no ano passado, mas viu-se obrigada a ampliar o período para a apresentação formal de propostas.

Sobre a razão que motivou o alargamento dos prazos as versões divergem. Fontes do mercado financeiro ouvidas pelo idealista News, em Portugal e Espanha, dizem, por um lado, que o primeiro prazo era curto para os investidores interessados formalizarem as suas ofertas.

Por outro lado, há quem diga que na realidade os valores das propostas que têm chegado ao Popular não têm convencido a instituição financeira a vender, devido ao seu baixo valor.

Na corrida pelas participadas do Popular dedicadas à gestão de ativos no mercado português estão várias sociedades gestoras de fundos, com origem nacional e internacional, soube ainda o idealista News. Contactada, fonte oficial do banco escusou-se a fazer comentários sobre este processo.

É oficial: Popular na corrida pelo Novo Banco

Esta semana, na apresentação de resultados anuais do Banco Popular, o seu presidente, Ángel Ron, assegurou que o negócio em Portugal "vai bem" e está em "números negros", sem precisar.

O banqueiro também recordou que a entidade está a avaliar a compra do Novo Banco e, ainda que tenha dito que está numa fase prematura, confirmou que a operação é complexa e só dará um passo adiante para a compra se isso for bom para o acionista.

Aposta no negócio das PME e consumo

O Banco Popular começou o novo ano com uma mudança de sede e imagem. Dá por ultrapassada a crise e vangloria-se da sua robustez de capital.

Em 2014 registou um lucro de 330,4 milhões de euros, o que significa um crescimento de 31,4%. Esta melhora, segundo Ángel Ron, foi conseguida com provisões de 2.292 milhões de euros.

Fontes próximas ao banco asseguram ao idealista News que a venda das gestoras de fundos que operam em Portugal vai a ter um impacto residual nas contas consolidadas.

Agora, a grande aposta do banco é o mercado das PME. Outro segmento em que o Popular vai dedicar todos os esforços é o dos créditos ao consumo. 

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