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Wolfpart é a empresa detida pela CGD que gere ativos imobiliários e investiu em Vale do Lobo.
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Mais uma vez, a Wolfpart está a penalizar as contas nacionais. A empresa de ativos imobiliários detida pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), que fez por exemplo o polémico investimento no empreendimento turístico de luxo de Vale do Lobo que está sob investigação judicial, teve um impacto negativo próximo dos 150 milhões de euros no défice público, no primeiro semestre deste ano.

O Diário Económico noticia escreve que o efeito já foi registado pela Direcção-geral do Orçamento (DGO) no boletim referente à execução orçamental de Agosto, explicando que a CGD transformou suprimentos que tinha feito à Wolfpart em capital.

E, o que para o banco público não passou de uma operação contabilística, ajudou a estragar as contas públicas do primeiro semestre e apanhou o Ministério das Finanças ainda de acordo com o jornal.

Em causa não está a entrada de novo "cash" na Wolfpart, mas sim um empréstimo que a CGD tinha feito no passado à sua empresa de ativos imobiliários e que agora passou agora a ser considerado capital (mas cujo dono continua a ser a CGD).

O aumento de capital, segundo esclarece o Económico, tornou-se imprescindível, porque os capitais próprios da empresa estavam negativos, na sequência da desvalorização de ativos como o centro comercial de Braga (ex-Dolce Vita Braga).

Juntando-se a outros desvios extraordinários já registados, como as operações de financiamento do Estado à STCP e à Carris, e à recapitalização do banco Efisa pela Parparticipadas, esta operação contribui para quatro décimas extra no PIB semestral e cerca de duas décimas no valor anual.

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