Comprado pela Estamo (empresa pública que gere o património do Estado) por 700 mil euros em 2006, o Palácio Belmarço, edifício no centro de Faro, foi agora vendido a investidores privados por 481 mil euros. O imóvel foi alienado no início de setembro à Suburbs, empresa local que opera nas áreas do turismo e vinho, por um diferencial de quase 220 mil euros, ou seja, um desconto de 31% face ao investimento do Estado.
O Público noticia que a Estamo confirmou que “a escritura referente à compra do imóvel foi feita no início do corrente mês de Setembro” e que o valor da venda “foi de 481 mil euros”. A entrega de propostas terminava inicialmente em maio, mas o negócio só agora foi concluído.
Este negócio, de acordo com o que escreve o jornal, marca o regresso do Palácio Belmarço, um edifício histórico de Faro que se encontrava em estado de abandono, à esfera privada, de onde saiu há 18 anos quando foi adquirido pela Câmara Municipal por 37.500 contos (o equivalente a 187.500 euros) para ali instalar o Tribunal da Relação de Faro.
Palácio vazio desde 2006, depois de 250 mil euros investidos pela autarquia
Perto do ano 2000, foi cedido gratuitamente ao Ministério da Justiça com o mesmo propósito, mas o projecto acabou por nunca avançar, já que, em 2006, o governo socialista de José Sócrates decidiu criar uma cidade judiciária no Algarve num local diferente. A ideia, que até agora também não foi concretizada, fez com que o palácio permanecesse vazio.
Nessa altura, já a autarquia tinha investido 250 mil euros na reabilitação do edifício. Porém, as obras nunca foram concluídas. Quando começaram as perfurações para instalar um elevador, a autarquia concluiu que os custos iriam disparar em relação ao orçamentado porque as fundações do palácio estavam ao nível das águas da ria Formosa.
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