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Crédito à habitação: juros e prestação descem a pique
idealista/news

As famílias portuguesas estão a pagar menos de um quinto dos juros que suportavam há sete anos com o crédito à habitação. Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmam que o valor médio dos juros para o conjunto dos contratos desceu de 258 euros em janeiro de 2009 para o mínimo de 50 euros em março deste ano.

Segundo o Expresso, a taxa de juro implícita para o conjunto dos contratos de crédito à habitação tem descido a pique. Comparando os juros pagos com o capital em dívida pelas famílias, observa-se que a taxa de juro caiu de 5,798% em janeiro de 2009 para um primeiro mínimo de 1,817% em junho de 2010 e para um novo mínimo de 1,163% em março de 2016. Uma evolução dos juros que tem permitido aliviar o esforço financeiro dos agregados que pediram financiamento bancário para comprar casa.

E os números falam por si. Por um lado, o valor médio da prestação da casa já diminuiu mais de 33%, de 361 euros em janeiro de 2009 para os atuais 238 euros. Por outro lado, a própria composição da prestação da casa mudou, permitindo às famílias acelerar a amortização do empréstimo – o valor médio do capital amortizado por mês nunca foi tão alto, tendo subido de 103 euros em janeiro de 2009 para 189 euros em março deste ano.

Ou seja, a prestação da casa paga todos os meses é cada vez menos juros e cada vez mais amortização do empréstimo. Em janeiro de 2009, a prestação era composta em 71% por juros e em 29% de capital amortizado enquanto em março de 2016 essa relação era de 79% contra 21%.  

E mais: o capital médio em dívida não para de descer – passou de 62.138 euros em março de 2009 para um novo mínimo de 51.931 euros em março último.  

De referir, no entanto, que apesar da descida dos encargos com a prestação da casa há cada vez mais famílias incumpridoras. De acordo com a publicação, que se apoia em dados da Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal, que além dos bancos inclui outras instituições financeiras, o rácio de crédito vencido na habitação duplicou de 1,5% no início de 2009 para 3% no final de 2015.

Nos últimos sete anos, o montante de crédito malparado agravou-se 77%, tendo subido de 1.768 milhões para 3.138 milhões de euros. 

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