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A braços com uma forte crise económica doméstica, os brasileiros andam à procura de oportunidades de negócio fora do país. E Portugal está a ser um dos focos de investimento, com a compra de imobiliário e com a internacionalização das empresas brasileiras, por via dos chamados vistos gold. Em 2015, 90% do investimento imobiliário em Lisboa foi estrangeiro e, depois da China, o Brasil já é o principal país que recorre aos vistos gold.

“A grande preocupação é terem o passaporte europeu”, porque “o Brasil está um pouco complicado”, explica Mafalda Martins Lourenço, da Abreu Advogados, citada pela Lusa. Segundo a consultora, o visto gold é encarado também como uma oportunidade para os brasileiros colocarem os seus filhos a estudar na Europa. 

Para outros,“a intenção é terem um investimento garantido”, ou seja, “não terem tudo aqui no Brasil e terem a certeza que parte do seu investimento está num país da Europa que é fiável em termos financeiros e de mercado”.

Rui Coelho, diretor executivo da Invest Lisboa, também citado pela agência de notícias corrobora que a crise brasileira, que coincidiu com a “‘explosão’ de Lisboa” enquanto “plataforma atlântica empresarial e de start-ups”, “motivou muitos brasileiros a procurarem alternativas melhores para as suas empresas e para os seus projetos” do outro lado do Atlântico.

“Quando uma empresa brasileira estuda a sua internacionalização, Portugal surge como uma escolha óbvia”, refere o responsável, destacando não só a questão da língua e da cultura, mas também facilidades para instalar empresas, que permitem criar uma empresa na hora, e “cada vez menos burocracia”.

Há ainda “incentivos fiscais”, incentivos de residentes não habituais” e a possibilidade de concorrerem a apoios comunitários enquanto empresas instaladas em Portugal, acrescenta. 

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