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A insolvência do Grupo Espírito Santo (GES) abre a porta a grandes negócios imobiliários que podem ser uma realidade este ano. Em causa está, por exemplo, a venda da construtora Opway, dos hotéis Tivoli e da Herdade da Comporta. O Tribunal do Luxemburgo, responsável pelo processo de insolvência das “holdings” do GES, tem uma equipa técnica em Lisboa para conhecer o grupo e agilizar a sua venda. 

De acordo com o Jornal de Negócios, há processos de venda quase concluídos e outros mais atrasados, sendo que algumas alienações podem ser travadas por processos de revitalização. Estás são as empresas do GES que podem ser vendidas

Opway 

Venda da construtora do GES é esperada para breve, até porque tem sentido as consequências do colapso do seu acionista. A Espírito Santo Industrial (ESI) enviou em novembro de 2014 convites a 12 entidades para apresentarem uma proposta pela Opway, tendo aparecido quatro candidatos: a Prebuild, o fundo Vallis, a moçambicana Nadhari e a própria gestão da construtora liderada por Almerindo Marques, através de um “managment buy out”. A decisão da ESI pode acontecer este mês.

Hotéis Tivoli

Em Portugal, a venda dos Hotéis Tivoli está bloqueada pelo facto de duas das oito empresas que gerem unidades hoteleiras terem recorrido ao Processo Especial de Revitalização. Mas como os Tivoli do Brasil estão debaixo da Rioforte Brasil, a alienação destas unidades pode avançar rapidamente. 

Rioforte Brasil

A empresa já vendeu alguns ativos que a “sub-holding” para os interesses na América Latina concentra. Já foram alienadas as fazendas Botucatu e Agriways e a empresa de mini-hídricas Luzboa. Outro dos interesses já alienado foi a participação no grupo brasileiro Monteiro Aranha, antigo parceiro histórico da família Espírito Santo. O facto de a Rioforte Brasil deter os Tivoli brasileiros pode facilitar a venda destas unidades.  

Herdade da Comporta

A Herdade da Comporta, controlada em 56% pela Rioforte, poderá ser um dos ativos mais cobiçados do GES, até porque tem vários projetos turísticos e imobiliários na península de Setúbal. Mas por causa da insolvência da “holding” alguns destes projetos estão parados, como por exemplo a Comporta Dunes.

ES Property

Em dezembro, a Espírito Santo Property Portugal pediu a entrada em Processo Especial de Revitalização. A gestora de uma carteira de imóveis como edifícios e herdades em Lisboa, Porto, Portimão e Azeitão quer negociar com aqueles a quem deve para continuar a operação ou para conseguir vender ativos. O Fisco e alguns bancos (BIC, BPI, BCP e Novo Banco) estão entre os credores.

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