Comentários: 0

O valor dos edifícios para reabilitação que constam na carteiras dos fundos de investimento imobiliários está a descer. Num ano, de janeiro de 2014 para janeiro de 2015, o valor da construção para reabilitação nos fundos fechados caiu para quase metade, de 160,9 para 82,5 milhões de euros. Nos fundos abertos, o valor também desceu de 10,8 para 7,2 milhões de euros. 

Segundo o Diário Económico, que se apoia em informações adiantadas por consultores imobiliários, esta tendência poderá dever-se ao facto dos fundos terem deixado de ter vantagem fiscal. “Os participantes dos fundos estão a vender os imóveis para reabilitação”, disse Francisco Sottomayor, da CBRE. O responsável lembrou que os donos das unidades de participação não têm “decisão direta” sobre o destino do fundo, já que o gestor, ou sociedade gestora, “é que decide”. “[E mesmo se] à saída, os imóveis pagam IMT, é possível pedir reembolso ao final de dois anos desde que se comece a reabilitar nesse prazo”, garantiu.

Luís Rocha Antunes, consultor da Cushman & Wakefield, enalteceu a importância da dinâmica de mercado, referindo que “há vendas e um conjunto bastante diverso de investidores nacionais e estrangeiros a investir na reabilitação urbana”. “Os fundos, por uma razão ou outra, estavam descapitalizados, e tiveram de vender”, contou. O especialista afirmou, ainda, que “alguns desses fundos trouxeram as suas reabilitações a bom porto e estão a vender produto acabado”.

Para Fernando Vasco Costa, da JLL, há fundos internacionais que procuram imóveis de reabilitação para investir, mas “a falta de dimensão dos ativos” não tem ajudado: “Projetos abaixo de 50 milhões são pouco relevantes”.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta