A nova lei das rendas entrou em vigor há quase ano e meio, a 12 de novembro de 2012, mas o seu objetivo fulcral, a dinamização do mercado de arrendamento, ainda não foi cumprido. Na realidade, há cada vez mais portugueses interessados em ser inquilinos e não proprietários, mas só uma pequena parte dessa nova realidade se deve às novas regras.
Esta é, pelo menos, a opinião de alguns especialistas consultados pelo Jornal de Negócios, que consideram que continua a faltar confiança dos proprietários para arrendarem imóveis com rendas mais baixas e, também, com riscos inferiores.
“Este ano o número de casas arrendadas terá aumentado ligeiramente, mas isso não ficou a dever-se à reforma e sim às dificuldades das famílias na obtenção de crédito. Não foi uma opção e devia ter sido”, referiu Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).
Para Beatriz Rubio, líder da Remax em Portugal, a lei do Arrendamento Urbano ainda “está longe de ser perfeita”. “[Os despejos] que tanto se dizia que iam ser mais rápidos [através do Balcão nacional do Arrendamento (BNA)], não o são e os proprietários não têm ainda a confiança que precisavam”, frisou.
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