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2014, o ano da retoma do mercado imobiliário no país
GTRES

O investimento estrangeiro em imobiliário português parece ter vindo para ficar. A provar esta tese estão as recentes transações verificadas no mercado, que começaram no final de 2013 e mantiveram a tendência no primeiro semestre deste ano. Os especialistas do setor consideram, por isso, que o mesmo está a dar cada vez mais sinais de recuperação, antevendo-se uma retoma já para 2014.  

“O balanço do primeiro semestre de 2014 é, claramente, positivo. Confirma-se a concretização do interesse por parte dos investidores imobiliários, institucionais e particulares estrangeiros em adquirirem posições em Portugal”, disse o diretor-geral da Aguirre Newman Portugal, Paulo Silva, em declarações ao Diário Económico.

Já Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal, considera que “o mercado imobiliário vive hoje um momento único, especialmente depois da correção de preços dos imóveis nos últimos anos”. “Os investimentos têm valores que, quando comparados com os que são praticados em outros países, são mais apelativos e possuem ainda um potencial de valorização muito importante a longo prazo”, acrescentou. 

Para Pedro Lancaste, diretor-geral da Jones Lang LaSalle, “a recuperação do mercado de investimento é a mais evidente, com o regresso dos investidores internacionais que tradicionalmente investiam em Portugal, mas também com o aparecimento de investidores de outras origens - chineses, brasileiros e russos -, que procuram diferentes tipologias de ativos”.

Paulo Silva, da Aguirre Newman, defendeu ainda que o regresso dos investidores imobiliários a Portugal se deve sobretudo à conjugação de dois fatores: “Restabelecimento dos níveis de confiança no país e o facto do imobiliário estar relativamente barato”. 

O mercado de arrendamento parece estar a ganhar adeptos em Portugal, mas os portugueses continuam a preferir ser proprietários e não inquilinos. “Os portugueses preferem sempre comprar a sua casa. Com a maior abertura da banca, em matéria de crédito à habitação, a primeira opção dos portugueses é a aquisição do imóvel”, assegurou Ricardo Sousa. 

Uma opinião, de resto, partilhada por Miguel Poisson, diretor-geral da ERA, imobiliária que deve encerrar o ano com mais de dez mil operações – com cerca de oito mil vendas e ultrapassando a barreira dos mil milhões de euros em volume de imóveis transacionados. “Com o aumento do crédito à habitação a ser concedido pelos bancos, que poderá crescer mais no segundo semestre de 2014, é de prever que terminemos o ano com cerca de 80% de vendas e 20% em arrendamentos”, frisou.

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