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Spreads: bancos anunciam reduções, mas afinal cobram o mesmo
GTRES

Há pouco mais de um ano, os bancos a operar em Portugal começaram a anunciar uma redução nos preços que cobram no crédito à habitação. Mas na verdade, pouco mudou. Os critérios de concessão têm vindo a ser alargados, mas a média dos spreads aplicada pelos instituições financeiras no último mês de agosto era igual à de junho de 2013.

Em agosto passado a taxa média dos novos créditos para a compra de casa situou-se, em termos médios, nos 3,09%, enquanto a média das taxas Euribor a três e seis meses se cifrou em 0,2%, segundo cálculos do Diário Económico, com base nos dados do Banco de Portugal relativos à evolução da taxa de juro dos novos empréstimos à habitação e do comportamento dos principais indexantes utilizados neste tipo de crédito: as Euribor a três e seis meses.

A diferença entre estes dois valores corresponde ao ‘spread' médio cobrado pelos bancos nos novos empréstimos negociados em nesse mês, escreve o jornal.

Ou seja, 2,89%. Utilizando o mesmo raciocínio para junho do ano passado, constata-se que a taxa de juro média dos novos crédito se situou nessa altura em 3,16%, enquanto a média das Euribor foi de 0,28%. A diferença destes dois valores corresponde também a um ‘spread' de 2,89%.

Entre as 12 maiores instituições financeiras a operar em Portugal, apenas três não procederam a cortes nos ‘spreads' mínimos: o BPI - que se mantém ainda assim com um dos ‘spreads' mínimos mais baixos do mercado (2,5%) - o Banif e o BBVA.

Já os limites máximos do custo do crédito cobrado pelos bancos não sofreram cortes também em apenas três bancos: o BPI, o BBVA e o Deutsche Bank.

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