Com a chegada da pandemia, os requisitos para comprar casa mudaram – e muito. Os espaços ao ar livre e o contacto com a natureza saíram valorizados e, por isso, muitas famílias rumaram ao campo. O que os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) vieram mostrar é que os preços das casas subiram em flecha em alguns municípios do interior do país – onde, ainda assim, se encontram as casas mais baratas para comprar em território nacional.
Olhando para o interior país, salta a vista que dos 305 municípios portugueses com dados apurados pelo INE – num total de 308 - o valor mediano das casas vendidas cresceu a dois dígitos em quase metade. Isto num país em que o preço das casas, em termos medianos, subiu 7,1% entre julho de 2020 e junho de 2021, alcançando os 1.218 euros por metro quadrado (euros/m2), mostra o boletim do INE divulgado na passada quinta-feira, dia 28 de outubro de 2021.
E há mesmo alguns concelhos do interior do país onde os preços das casas deram o salto, registando variações superiores a 50%, escreve o Jornal de Negócios. Os casos mais expressivos são mesmo os de Barrancos e Cuba, ambos no Alentejo. No primeiro, os preços das casas quase triplicaram (182%), fixando-se nos 328 euros/m2. E no segundo, os preços mais do que duplicaram (127%), situando-se nos 579 euros/m2.
Outro caso é o de Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, que viu os preços aumentar nesse período na ordem dos 114%, para os 321 euros/m2. Também em Penalva do Castelo, o valor mediano das casas vendidas subiu 96% para 481 euros/m2.
Apesar dos aumentos, os preços das casas nestes municípios do interior do país ainda estão abaixo do valor mediano nacional. E estão, aliás, entre os mais baixos. O preço por metro quadrado mais baixo de todos foi mesmo registado em Fornos de Algodres (distrito da Guarda), onde o valor mediano não passou dos 166 euros/m2.
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