O mercado de habitação em Lisboa e no Porto continua a ficar mais caro ano após ano. Mas os dados dos municípios escondem uma realidade bem díspar ao nível dos preços das casas em cada zona, que evoluem de formas bem diferentes. Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que houve mesmo uma queda dos preços das casas vendidas em sete freguesias da capital, com destaque para Marvila, e em duas zonas da Invicta (Campanhã e a Foz).

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, disse acreditar que o IVA a 6% na construção esteja em vigor até ao primeiro trimestre de 2026, com a sua discussão a ter início após a conclusão do processo orçamental.

O interesse em comprar casa em Portugal continua elevado. Mas as famílias deparam-se com uma dupla realidade: ofertas de créditos habitação mais acessíveis, mas que contrastam com preços das casas crescentes. E nada parece pôr um travão a esta tendência de subida, explicada sobretudo pelo desequilíbrio entre alta procura e escassa oferta de habitação no mercado nacional. O índice de preços do idealista (editor desta newsletter) revela que o preço das casas à venda no país subiu 8,7% em outubro face ao mesmo mês de 2024, passando a ter o custo mediano de 2.970 euros por metro quadrado (euros/m2). Em termos de variação trimestral, os preços subiram 1,5%.

A Associação Portuguesa de Urbanistas (APU) tem vindo a apresentar ao Governo e à Assembleia da República uma série de medidas estratégicas no sentido de reforçar a eficácia do planeamento territorial e solucionar a crise da habitação. Entre elas estão, por exemplo, melhorar a articulação da política de solos com a fiscalidade e aumentar a capacidade de produção de habitação.

Várias associações ligadas ao setor do imobiliário uniram-se, "numa posição conjunta e inédita", para apresentar ao Ministério das Infraestruturas e Habitação um conjunto de propostas legislativas capazes de aumentar a oferta de habitação a rendas acessíveis. Entre as medidas apresentadas estão, por exemplo, o estabelecimento de um regime legal do arrendamento estável, o fim das rendas congeladas e o incentivo à subscrição de seguros de renda dedutíveis fiscalmente, bem como à criação de uma garantia pública de arrendamento.

A procura por casas para arrendar em Portugal permanece elevada, embora esteja hoje mais distribuída por uma maior oferta existente. Ainda assim, as rendas não param de aumentar. No último ano terminado em outubro, as rendas das casas subiram 5,7% tendo acelerado face ao crescimento anual registado no mês anterior (4,1%). Esta evolução colocou o custo mediano de arrendar casa no país num novo máximo de 17 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês passado, revela o índice de preços do idealista, editor deste boletim. A tendência de subida das rendas mantém-se em todo o território nacional, embora com ritmos distintos entre regiões, distritos e capitais.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, saiu em defesa do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e desvalorizou as queixas que têm surgido face aos atrasos nos apoios à renda.

O ministro da Habitação reconheceu esta segunda-feira, dia 3 de novembro, que o Estado tem falhado na informação às pessoas que ainda não estão a beneficiar do Programa de Apoio Extraordinário à Renda (PAER) devido a “incongruências”, mas rejeita que haja atrasos.

A inclusão dos migrantes em Portugal voltou à agenda mediática e política depois de ter entrado em vigor a lei dos estrangeiros e de o Parlamento ter dado luz verde à proibição o uso da burca em espaços públicos. Estas medidas surgem, porém, depois de a Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância (ECRI, na sigla inglesa) ter recentemente avisado que o país precisa de um plano de ação para integrar os migrantes, que continuam a sofrer de discriminação na habitação e em outras áreas. Aliás, o organismo comunitário conclui que “os problemas de acesso à habitação são um dos maiores obstáculos à integração dos migrantes em Portugal”.

Os dois principais impostos relacionados com a habitação, o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), valem 79,2% da receita fiscal dos municípios portugueses. E a tendência tem vindo a acentuar-se nos últimos anos, com o IMT a ganhar cada vez mais terreno. Só em 2024 este imposto – é pago sempre que é realizada uma transação imobiliária – representou 42,7% do valor dos impostos diretos cobrados pelas autarquias e 42,4% do total dos impostos. O IMI, por seu turno, vale 36,8% da receita das câmaras.

O mercado residencial de luxo continua a evoluir a nível global, com novos destinos a emergirem como hotspots para investidores e compradores exigentes. A região da Comporta surge agora entre as cinco regiões mais procuradas no mundo, segundo o The Residence Report 2025, divulgado pela Quintela + Penalva em parceria com o associado londrino Knight Frank. Em entrevista ao idealista/news, Jorge Costa, COO da Quintela + Penalva | Knight Frank, explica como a Comporta é descrita e como se destaca entre arquitetura minimalista, praias intocadas e um estilo de vida sofisticado.

Entrar no atelier de Cristina Jorge de Carvalho, no centro de Lisboa, é mergulhar de imediato na sensação de luxo. A sensação de exclusividade e elegância que a designer defende é exactamente aquela com que nos recebe. 

A procura por uma casa de nova construção pode, por vezes, parecer desanimadora quando começamos a olhar para os custos. Mas o sonho de ter casa nova não tem de ser esquecido nem adiado, ou trocado pela opção de comprar um imóvel mais antigo, por causa dos preços. E não, não estamos a ser demasiado otimistas, estamos a ser realistas e é isso que te vamos mostrar.

Doze projetos portugueses estão nomeados para o Prémio da União Europeia para a Arquitetura Contemporânea/Prémio Mies van der Rohe 2026 (EUmies Awards 2026), anunciou esta quinta-feira (6 de novembro de 2025) a Comissão Europeia (CE) e a Fundació Mies van der Rohe.