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Os truques para conseguires um spread mais baixo no teu crédito à habitação
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Estás a pensar em pedir um crédito à habitação? Pois fica a saber que há formas de tornar o teu spread mais barato na hora de negociar um empréstimo para a compra de casa. Em causa está a contratação de produtos alternativos no banco que vais fazer o financiamento, tais como seguros, produtos de poupança e investimento, domiciliação do ordenado, serviços de homebanking ou cartões de crédito e débito. Podes conseguir poupar entre 1% e 2%.

Um casal de 30 anos, com um financiamento de 150 mil euros, a pagar durante 30 anos, indexado a uma Euribor a 12 meses, pode poupar até um máximo de 232 euros por mês caso aceite contratar produtos alternativos ao crédito na instituição que lhes atribui o empréstimo, segundo as contas feitas pelo Comparajá para o Dinheiro Vivo.

Tendo por base as ofertas das seis instituições – Caixa Geral de Depósitos; BPI; Millennium BCP; Santander Totta; Novo Banco e Bankinter – que respondem por mais de 80% dos financiamentos atribuídos em Portugal, o ComparaJá.pt conclui assim que associar produtos ao crédito permite uma redução média entre 1% e 2% no valor a pagar ao final do mês.

Para os 150 mil euros desta simulação, a maior diferença chega do Santander Totta. O banco pede 726,54 euros por mês, com base num spread de 4,2%, uma taxa pouca praticada em Portugal. Com produtos associados a fatura cai para 494,26 euros, e o pread desce para 1,25%. No final das contas a diferença é de 232,28 euros. Logo atrás vem o Millenium BCP que, para o mesmo crédito, oferece uma poupança de 124,88 euros se forem associados produtos a este crédito. A diferença mais pequena chega do Novo Banco. No antigo BES, a prestação de 613,95 euros encolhe para 559,69 euros, uma diferença de pouco mais de 54 euros.

Produtos são facultativos

Mas atenção, nenhum banco pode obrigar-te a contratar qualquer um destes produtos. São, tal como escreve o jornal, uma ferramenta opcional que cada pessoa deve considerar para o seu caso específico.

“É importante sublinhar que a promulgação do Decreto-Lei nº 222/2009, veio estabelecer a possibilidade de o cliente poder trocar de seguradora em qualquer período da vigência do contrato”, detalha Sérgio Pereira, diretor-geral do Comparajá citado pelo DV, lembrando que o seguro de vida deixou de ser um vínculo permanente, como acontecia há alguns anos, “podendo os clientes optar pela contratação de seguro de vida junto da empresa de seguros da sua preferência”.

Comissões mais altas

Mas é preciso ter em atenção que ao o subscreverem outros serviços, os clientes conseguem baixar o valor do "spread", mas aumentam o custo em comissões com outros produtos. É fundamental, segundo um artigo publicado no Jornal de Negócios, fazer bem as contas para perceber se um "spread" mais baixo compensa, ou se é melhor pagar uma taxa ligeiramente acima e reduzira Taxa Anual Efetiva Revista (TAER), que reflete os encargos globais com o empréstimo e outros serviços associados. 

Paula Carvalho, economista chefe do BPI, citada pelo diário, antecipa que "é possível" que o setor da banca continue mesmo a baixar os custos associados ao crédito à habitação, sobretudo se as Euribor tenderem a ficar menos negativas, o que até agora não tem acontecido, com os indexantes a baterem novos mínimos. 

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