Pandemia já levou ao cancelamento de mais de 680 eventos, ameaçando uma atividade que fatura 300 milhões de euros por ano.
Comentários: 0
Coronavírus cancela eventos e empresas associadas à construção e montagem de stands “pagam fatura”
Manuel Reis Campos, presidente da AICCOPN idealista/news

As empresas fornecedoras de bens e serviços no âmbito de feiras internacionais e outros eventos “atravessam momento excecionalmente grave” por causa do novo coronavírus, revela em comunicado a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), salientando que a pandemia já levou ao cancelamento de mais de 680 eventos, colocando em risco 2.000 postos diretos de trabalho e ameaçando uma atividade que fatura 300 milhões de euros por ano.

“Numa reunião convocada pela AICCOPN para debater, com as empresas que se dedicam às atividades associadas à construção e montagem de stands e prestação de serviços, no âmbito de exposições, feiras internacionais de negócios e outros eventos, os impactos do COVID-19, ficou patente a necessidade de adoção de medidas extraordinárias e orientadas para este segmento empresarial, que está a enfrentar uma situação sem quaisquer precedentes”, lê-se na nota.

Segundo a associação, “ficou claro” na reunião “o caráter excecional da situação que estas empresas, em particular, estão a atravessar”, tendo-se concluído que há uma “necessidade urgente de criar soluções específicas e ajustadas a uma realidade que é inédita”.

“Com efeito, após o cancelamento de mais de 680 feiras e exposições em todo o mundo, das quais, 368 na Europa, estas são empresas que, de um momento para o outro, viram toda a sua faturação praticamente eliminada, e necessitam de uma intervenção imediata, no sentido de salvaguardar, desde já, a sua tesouraria e, simultaneamente, assegurar-lhes condições de sustentabilidade para retomarem a sua atividade, quando a situação regressar à normalidade”, refere a entidade liderada por Manuel Reis Campos.

A prorrogação das obrigações fiscais e contributivas, o ajustamento do regime de lay-off de forma a assegurar os direitos dos trabalhadores e preservar a tesouraria das empresas com uma contribuição total do Estado e abrangendo os subsídios de férias e Natal e o reconhecimento do caráter excecional e inédito da crise que estas empresas enfrentam são as linhas orientadoras de um documento que a AICCOPN irá apresentar ao Governo.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta

Publicidade