Projeto de investimento deverá reduzir as emissões de CO2 em 20% e deverá criar novos postos de trabalho.
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Fábrica de cimento na Arrábida vai ser reconstruída - projeto custa 86 milhões de euros
Secil

É com o objetivo de reduzir a sua pegada carbónica que a Secil vai avançar com o projeto de reconstrução da sua fábrica de cimento situada em pleno Parque Natural da Serra da Arrábida, em Outão, concelho de Setúbal. O projeto está avaliado em 86 milhões de euros e vai criar novos postos de trabalho.

No que toca ao meio ambiente, Otmar Hübscher, presidente executivo da empresa, não tem dúvidas: o projeto que já está em curso vai tornar a “fábrica mais sustentável, eliminando os combustíveis fósseis primários”. Isto significa, em concreto, que a empresa vai reduzir em 20% as suas emissões de dióxido de carbono (CO2) e, por outro lado, vai apostar na produção de energia elétrica – em 30% - por recuperação de calor. Esta mudança visa aumentar a sua eficiência energética em 20%, revela o jornal Expresso.

Para Otmar Hübscher, este projeto “vai ter ganhos indiscutíveis para o ambiente, para a região e para o país” e vai ainda criar mais emprego qualificado na região. Na fase de construção e montagem de equipamentos prevê-se que estejam envolvidos mais de 500 trabalhadores. Terminada a reconstrução da cimenteira, está prevista a criação de mais sete postos trabalhos qualificados, que deverão somar-se aos 286 já existentes. Estes últimos vão reforçar o departamento de investigação e desenvolvimento da fábrica. Sobre este ponto, o diretivo assume que este projeto vai “ajudar a contrariar a tendência” de subida do desemprego que se tem vindo a sentir no país.

Optar pela reconstrução da fábrica garantindo uma menor pegada carbónica é uma solução para o futuro da cimenteira, isto porque mudar de instalações não está nos planos da Secil. Primeiro porque tem direito de propriedade sobre os terrenos. Depois, há o fator proximidade da matéria-prima e do porto marítimo, importante para as exportações da empresa.

Para Otmar Hübscher, o cimento enquanto material fundamental de ligamento do betão vai continuar a ser “indispensável para a segurança, conforto e património das populações” e, portanto, “um bem insubstituível na construção de habitação decente e infraestruturas que a população cada vez mais exige, como escolas, hospitais e redes de transporte eficazes”.

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