Faturação da mediadora foi superior a 31 milhões de euros, o que representa um aumento de 64% face ao período homólogo.
Comentários: 0
Mediação imobiliária finta a pandemia: negócio da Century 21 Portugal cresce no 1º semestre
Imagem de MasterTux por Pixabay

O que mudou no negócio da mediação imobiliária em Portugal num ano, entre o primeiro semestre de 2021 e os primeiros seis meses de 2020? Os dados revelados esta sexta-feira (30 de julho de 2021) pela Centrury 21 Portugal mostram que o setor se manteve resiliente à pandemia da Covid-19. A faturação da empresa e o volume de negócios cresceram e, segundo Ricardo Sousa, CEO da rede, “superaram as expectativas”.

“Nos primeiros seis meses de 2021, a Century 21 Portugal registou uma faturação superior a 31 milhões de euros, o que revela um aumento de 64% face aos cerca de 19 milhões de euros reportados no período homólogo de 2020. Já o volume de negócios em que a rede esteve envolvida – considerando também a partilha de transações com outros operadores – superou os 1.134 milhões de euros e revela um aumento de 42% em comparação com os quase 800 milhões de euros registados no primeiro semestre de 2020”, revela a mediadora, em comunicado.

As tipologias mais procuradas são?

Segundo a empresa, as tipologias de imóveis mais procuradas pelas famílias portuguesas continuam a ser os T2 e T3, tendo a rede imobiliária realizado 7.008 transações de venda no primeiro semestre, mais 38% que no período homólogo.

Relativamente ao valor médio dos imóveis transacionados, aumentou 3% para 161.371 euros. “Apesar do contexto de pandemia, os preços de venda de habitações mantiveram uma trajetória ascendente a nível nacional”, lê-se no documento.

"Os resultados dos primeiros seis meses de 2021 superaram todas as expectativas que tínhamos estimado para este período incerto e os valores de faturação foram os melhores de sempre"
Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal

Sobre o mercado de arrendamento, a C21 adianta que realizou 1.708 transações entre janeiro e julho, mais 68% que no período homologo, tendo o valor médio de renda sido de 817 euros, menos 2% que no mesmo período do ano passado.

“Os resultados dos primeiros seis meses de 2021 superaram todas as expectativas que tínhamos estimado para este período incerto e os valores de faturação foram os melhores de sempre. Estes indicadores foram também influenciados pelo fator da suspensão de processos de compra de clientes internacionais, durante o último ano, e demonstram que o mercado imobiliário recuperou a sua dinâmica, que é sobretudo impulsionada pelas alterações da vida familiar dos portugueses – casamento, nascimentos de filhos, divórcios, heranças e emancipação dos jovens – que ocorrem mesmo em tempo de pandemia”, disse Ricardo Sousa, citado no documento.

Peso dos estrangeiros no negócio da C21 Portugal

Entre janeiro e junho de 2021, a C21 realizou 1.102 transações a clientes internacionais, mais 55% face às 709 efetuadas no período homólogo. Significa isto que o peso das transações do segmento internacional representou 16% do volume de transações efetuadas na rede imobiliária, o que demonstra que está a haver uma “retoma dos negócios que envolvem clientes de outras geografias”, explica a mediadora.

De referir ainda que o perfil do cliente internacional também está a mudar, havendo agora mais cidadãos dos EUA a investir no país. Os norte-americanos foram, de resto, a nacionalidade dominante, seguidos por franceses, brasileiros e britânicos.

"O mercado está bastante dinâmico em todos os segmentos e com uma procura bastante ativa"
Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal

De acordo com Ricardo Sousa, “muitos dos negócios suspensos em 2020 estão agora a ser concretizados, o que explica este crescimento tão acentuado do segmento internacional”. “Surpreendente é o crescimento da procura por parte dos clientes norte-americanos, que se justifica pela popularidade que o nosso país está a ganhar nos EUA enquanto destino turístico”, acrescenta.

Para o CEO da Century 21 Portugal, não há dúvidas de que “o mercado está bastante dinâmico em todos os segmentos e com uma procura bastante ativa”. “O grande desafio é o poder de compra dos portugueses, quer para aquisição de habitação própria, quer para o arrendamento. Em particular na Área Metropolitana de Lisboa, na cidade do Porto e no Algarve. (…) Atualmente, os promotores e investidores imobiliários estão mais atentos a esta problemática e à oportunidade para construir e promover soluções de habitação acessível, o que irá criar uma nova dinâmica no mercado”, conclui.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta

Publicidade