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O Ministério Público acusou 11 jornalistas, incluindo diretores e subdiretores, de um jornal e de uma revista, de violarem o segredo de justiça no caso dos vistos gold. Os arguidos foram sujeitos a termo de identidade e residência. Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), ficou indiciado que os arguidos tiveram, de modo não apurado, acesso a informações de atos processuais do inquérito.

“Depois, sabendo que aquele inquérito se encontrava em segredo de justiça, os arguidos publicaram, respetivamente, na revista e jornal em que exercem funções, em abril e junho de 2014, o conteúdo de diferentes atos processuais realizados naquele processo”, diz a PGDL.

De acordo com a Lusa, o inquérito foi dirigido pela 9.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa com a coadjuvação da Polícia Judiciária.

O caso vistos gold vai levar a julgamento os 17 arguidos, incluindo o ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo, o antigo presidente do Instituto de Registos e Notariado António Figueiredo, o ex-diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras Manuel Jarmela Palos, a ex-secretária-geral do Ministério da Justiça Maria Antónia Anes e empresários chineses.

Em causa está a investigação da “Operação Labirinto”, efetuada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que está relacionada com a aquisição de vistos gold (também denominados golden visa) por cidadãos estrangeiros interessados em investir e residir em Portugal, estando em causa indícios de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação peculato de uso, abuso de poder e tráfico de influência.

De referir que a maioria dos vistos gold atribuídos surge na sequência da compra de imóveis que têm de custar pelo menos 500.000 euros. 

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