A oferta de imóveis residenciais para venda e arrendamento concentra-se na zona litoral do país. Dados do idealista revelam onde o stock é maior e menor.
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Onde é mais difícil (e fácil) encontrar a casa que se quer?
Foto de Karolina Grabowska no Pexels

Comprar ou arrendar casa onde se quer pode ser uma tarefa complicada. Sobretudo porque a oferta disponível nem sempre vai ao encontro das expectativas de quem está à procura, seja para aqueles que vão dar o primeiro passo, seja para quem deseja mudar de casa (e de vida), impulsionado, por exemplo, pelas necessidades decorrentes da pandemia – querem-se casas maiores, para se poder teletrabalhar e estudar, algumas na periferia, outras no campo ou na praia, e com a premissa de que os espaços exteriores são fundamentais, mais que nunca. A verdade é que há zonas do país com mais e menos casas disponíveis para se viver, tal como revela o "Relatório anual do Mercado Residencial 2020 Portugal", baseado em dados do INE, da Pordata, do IEFP e do idealista/data. Mas afinal, onde é que é mais fácil (e difícil) comprar ou em arrendar casa em Portugal?

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o número de imóveis residenciais médio em Portugal é de 0,6 por habitante. São Miguel, Braga, Porto, Madeira e Aveiro destacam-se por serem os distritos com menor parque habitacional per capita, abaixo da média nacional de 0,6 imóveis residenciais por habitante.

Onde é mais difícil (e fácil) encontrar a casa que se quer?
Imóveis residenciais per capita por distrito Fonte: INE

Os distritos que apresentam o maior número de imóveis residenciais por habitante são Guarda (0,9), Faro (0,9), Castelo Branco (0,9) e Bragança (0,8). No extremo oposto da tabela temos os distritos com menor concentração de imóveis residenciais por habitante, como São Miguel (0,4), Braga (0,5), Porto (0,5), Madeira (0,5) e Aveiro (0,5).

Onde é mais difícil (e fácil) encontrar a casa que se quer?
Os distritos com maior e menor número de imóveis residenciais per capita Fonte: INE

Os dados revelam, de resto, que as capitais de distrito, em geral, apresentam um menor número de imóveis residenciais por habitante que os seus distritos. “Isto remete para uma clara concentração da população nas áreas urbanas devido ao crescimento populacional”, lê-se no relatório do idealista.

Destacam-se, neste caso,  quatro capitais de distrito que apresentam maior número de imóveis residenciais por habitante que o seu distrito: Porto, Lisboa, Aveiro e Ponta Delgada.

Onde há mais e menos casas à venda

Para poder comparar o stock de imóveis residenciais publicados no idealista nos diferentes distritos, utiliza-se o indicador de stock imobiliário distrital. Desta forma, pode observar-se que os distritos com maior percentagem de stock de imóveis residenciais à venda concentram-se nas zonas do litoral.

Onde é mais difícil (e fácil) encontrar a casa que se quer?
Indicador de stock de venda por distrito Fonte: idealista/data

De acordo com o indicador em análise, os distritos com maior stock de imóveis residenciais são Faro (11,9%), Porto (7,2%),  Funchal (6,9%), Lisboa (6,1%) e Setúbal (5,7%). Assim sendo, os distritos com menor oferta de imóveis residenciais são Guarda (0,6%), Vila Real (0,8%), Bragança (0,8%), Viseu (1,3%) e Portalegre (1,6%).

Onde há mais e menos casa para arrendar

O indicador de stock de arrendamento mostra que a oferta de imóveis residenciais neste segmento está também mais concentrada no litoral, situação similar aos imóveis residenciais à venda, embora não seja tão expressivo.

Onde é mais difícil (e fácil) encontrar a casa que se quer?
Indicador de stock de arrendamento por distrito Fonte: idealista/data

Os distritos com mais oferta de imóveis residenciais para arrendar são: Lisboa (1,8%), Porto (0,9%), Faro (0,5%), Funchal (0,5%) e Setúbal (0,4%). Apenas os distritos do Lisboa e Porto estão acima da média do stock nacional. Por outro lado, analisando os distritos com menor stock, destaca-se Bragança e Guarda com (0,2% cada), Vila Real e Beja com (0,4% cada).

Oferta por capitais de distrito

O número de anúncios de imóveis residenciais à venda supera "com clareza" o número de imóveis residenciais colocados em comercialização para arrendamento, de acordo com o relatório. O Porto sobressai como a capital de distrito que possui o maior número de imóveis residencias à venda, seguido do Funchal, Aveiro e Lisboa. Relativamente ao arrendamento, Lisboa, Porto, Aveiro e Funchal são as capitais de distrito que possuem um maior número de anúncios em comercialização.

Onde é mais difícil (e fácil) encontrar a casa que se quer?
Indicadores de stock por capitais de distrito (venda à esquerda; arrendamento à direita) Fonte: idealista/data

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