Espalhar-se as toalhas pelas margens dos rios ou na areia de frente para o mar? Descobre os prós e os contras.
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Praias fluviais e marítimas
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A ideia de verão atira as pessoas para o litoral, mas é no interior que Portugal tem as mais lindas praias fluviais dignas de cartão postal. Mas quais são as diferenças para as praias marítimas

Há vantagens e desvantagens, e diferenças além dos mergulhos serem de água salgada ou de água doce, o que é certo, é que vale sempre a pena ir a banhos quando o calor aperta. 

Paias fluviais Vs. praias marítimas: de onde vem a água?

Os termos são recorrentes, no primeiro contacto percebemos que existem diferenças na paisagem e quando não resistimos às elevadas temperaturas denotamos que essas diferenças também se estendem ao sabor da água, mas sabes efetivamente o que as distingue? 

Praias fluviais: mergulhos no rio ou albufeira

Praias fluviais
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Encontram-se nas margens dos rios e albufeiras e é por isso que procurar num mapa por qualquer praia fluvial é dar de caras com uma ténue linha azul próxima que por lá passa. 

Nem sempre há areia mas os banhistas acomodam-se como podem, porque há uma extensão de água calma, ladeada por montanhas ou rochas a protagonizar uma paisagem natural, que por eles espera.

Cada vez mais este tipo de praias aproxima-se das condições que as estâncias costeiras oferecem: com apoio de praia, mediante a existência de bares ou restaurantes; vigilância; estacionamento e sanitários. 

Praias marítimas: mergulhos no mar

Praias marítimas
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São as praias que nos são apresentadas logo desde crianças e as quais desenhamos frequentemente na infância, cujos rabiscos pretendem mostrar areia e mar.

Com Portugal de braço dado ao oceano atlântico, o que não falta é mar a tocar na nossa costa e a fazer inúmeras praias marítimas, que tanto são requisitadas de norte a sul do país. 

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra: as vantagens e desvantagens 

Optar por água salgada ou pela água doce? Estender a toalha e mergulhar na natureza ou deitar-me de frente para o mar? À parte do cenário levantam-se também questões relacionadas com a segurança, as infra-estruturas e comodidade.

Os lados positivos das praias fluviais

Ir à praia com crianças
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Facilitam a vida de quem não mora perto das áreas costeiras, mas precisa igualmente de fazer frente ao calor, que por norma consegue ser ainda mais abafado. Além disso, mostram-se como uma alternativa a quem procura um plano de férias diferente, cercado de verde e longe da azáfama citadina.

Se há quem de facto prefira redobrar os quilómetros e conduzir na direção oposta à zona costeira, deve ser por algum destes motivos que abaixo mencionamos e dá vantagem às praias fluviais:

  1. Natureza envolvente – as praias fluviais costumam encontrar-se no meio de paisagens rurais e parques naturais. Estando, por isso, rodeadas de vegetação ou pedras, criam um ambiente ideal para conectar com a natureza;
  2. Sombras naturais – melhor do que ir para a praia, só ir para uma praia onde se pode optar por ficar ao sol ou debaixo da sombra sem ter que abrir a carteira para alugar um chapéu. Habitualmente, por terem árvores ao redor, criam sombras que protegem do calor;
  3. Sem ondulação – sem a existência de ondas a atrapalhar os mergulhos relaxantes, são ideais para os amantes de águas mais calmas. Estas praias são também propícias para a prática de canoagem, paddle ou wakeboard;
  4. Número crescente de praias fluviais com bandeira azul – a lista divulgada pela agência portuguesa do ambiente é reveladora disto mesmo: há cada vez mais praias fluviais reconhecidas pela qualidade da água, segurança – com época balnear a decorrer – e bares ou restaurantes nas proximidades. Este ano contam-se 50 praias de interior com bandeira azul;
  5. Piscinas naturais – algumas praias fluviais – como é o exemplo da Praia Fluvial da Castanheira, mais conhecida como Praia da Lagoa Azul – têm plataformas flutuantes, neste caso com duas piscinas, tanto para adultos como para crianças, fazendo as delícias de quem lá vai. 

Os lados negativos das praias fluviais

Praias fluviais desvantagens
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Nem só de vantagens vivem as praias fluviais. Por serem mais recônditas, a acessibilidade e a segurança podem estar comprometidas, mas não só:

  1. Água traiçoeiras – as águas das praias fluviais aparentam ser calmas fruto da inexistência de ondulação, ainda assim não invalida a existência de correntes fortes. Importa sublinhar que este tipo de estância balnear encontra-se junto aos rios, pelo que se não tiver vigilância há-que ter um cuidado ultra-reforçado;
  2. Profundidade oculta – a profundidade nas praias fluviais pode variar muito, o que significa que o banhista pode ter pé a uma determinada altura e rapidamente ficar fora de pé num fundão;
  3. Atenção às quedas – os fundos dos rios podem ter obstáculos imprevisíveis, além de que podem também ser rochosos ou com lama e, por isso, mais suscetíveis a serem escorregadios;
  4. Menos projeção turística – pode ser tido como um ponto a favor para aqueles que procuram lugares sossegados, ainda que em época-alta dificilmente se encontrem praias desertas, no entanto, para a economia local quantos mais visitantes tanto melhor;
  5. Desolador para os amantes de desportos aquáticos, como surf ou bodyboard;
  6. Acesso difícil e infra-estrutura limitada – algumas praias fluviais situam-se em áreas remotas e abraçadas pela natureza, sendo que por vezes o acesso é feito por terra batida ou trilhas naturais, sem passadeiras ou rampas. Esta questão constitui um problema para pessoas com mobilidade reduzida ou de idade avançada;
  7. Água é tendencialmente mais fria;
  8. Espaço para banhos pode ser mais limitado em determinadas praias fluviais.

Os lados positivos das praias marítimas

Escapadinhas na praia
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A água do mar já dá às praias marítimas vários níveis de avanço por contraste às praias fluviais e face a isto dificilmente algum outro ponto consegue disputar. Esta tem inúmeros benefícios para saúde, nomeadamente para a pele, sistema imunitário e respiratório, dizem-no e repetem-no os médicos. Mas existem ainda outras qualidades:

  1. Mais meios e condições – a infra-estrutura em volta, quer de restaurantes e bares; quer de vigilância e socorro, é muito superior. Não descurando, contudo, que existem também praias costeiras sem nadador-salvador;
  2. Extensas áreas para se nadar;
  3. Previsibilidade no fundo do mar pelo facto de, na sua maioria, serem de areia. À exceção de praias como as que existem, por exemplo, na Ericeira;
  4. Vantagens da água salgada – a água do mar poderia tirar do bolso e desenrolar uma longa lista com todos os seus benefícios, entre eles, destacam-se as suas propriedades antissépticas, ideal para sarar feridas; ajuda quem sofre de psoríase e eczema; é um descongestionante natural aliviando, por exemplo, a pressão da sinusite; e alivia ainda dores crónicas.

Os lados negativos das praias marítimas

Ir à praia no Verão
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Também as áreas costeiras reúnem algumas desvantagens, nomeadamente pelo afluxo de pessoas que a procuram

  1. Preços sobrevalorizados – prepara-te para pagares três vezes mais por um gelado ou garrafa de água. Pois é, junto à praia os valores são escalados;
  2. Mais exposição ao vento – em praias abertas não há proteção que nos salve de comer alguns grãos-de-areia, embora quem inventou os pára-vento, esteja de parabéns, já que serve de auxílio;
  3. Estacionamento complicado e caro – a corrida às praias em plenos meses de verão é de tal ordem que por vezes os lugares vagos para estacionar o carro escasseiam e até os sortudos que os encontraram, deixam de se sentir assim quando vêem o valor a pagar pelos parquímetros;
  4. Familiaridade com o ambiente e perigos a cair no esquecimento – começamos por ir à praia, em crianças, sob o olhar atento dos familiares que nos dizem "mais para cá" quando a tendência é a ir "mais para lá, para o fundo". Entretanto, crescemos e a presença dos pais, tios ou avós, dá lugar aos amigos. Sentimos que já conhecemos o mar pela familiaridade com que o visitamos e, por vezes, arriscamos no "mais para lá", sem olhar aos perigos que deveriam ser mais enfatizados em época escolar. É fundamental perceber que quando o mar nos dá uma mão, não devemos ambicionar o braço todo.

Posto isto, independentemente de escolheres uma praia marítima ou fluvial para passares as tuas merecidas férias, o que importa é que te certifiques que estas estão devidamente sinalizadas e com vigilância, bem como, tenham o selo da bandeira azul, símbolo de qualidade.

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