A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) publicou ontem as tarifas da eletricidade para o próximo ano. Contamos tudo.
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Preços da luz
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Lusa
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O preço da eletricidade para os consumidores do mercado regulado vai subir 0,2% a partir de 1 de janeiro de 2022, de acordo com a informação divulgada esta quarta-feira, dia 15 de dezembro de 2021, pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Apesar disso, e devido aos aumentos intercalares de julho e outubro, os consumidores vão sentir uma redução média de 3,4% face aos preços em vigor.

“Para os consumidores que permaneçam no mercado regulado (que representam 5% do consumo total e 915 mil clientes), ou que, estando no mercado livre, tenham optado por tarifa equiparada, a variação média anual das tarifas transitórias de venda a clientes finais em baixa tensão é de 0,2%”, indicou, em comunicado, o regulador.

Esta variação anual tem em conta as revisões em alta da tarifa de energia em julho e outubro. Conforme ressalvou a ERSE, em janeiro de 2022, os consumidores vão constatar uma descida média de 3,4% em relação aos preços em vigor em dezembro do corrente ano. Por sua vez, os consumidores da tarifa social vão beneficiar de um desconto de 33,8% sobre as tarifas de venda a clientes finais.

A ERSE apresenta, até ao dia 15 de outubro de cada ano, a proposta das tarifas da eletricidade para vigorar no ano seguinte, que é submetida ao parecer do Conselho tarifário. Até 15 de dezembro, o regulador aprova os preços da energia que serão aplicados a partir de janeiro do próximo ano.

Preço da eletricidade mercado regulado
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Tarifas de acesso às redes descem entre 52,7% e 94% em 2022

As tarifas de acesso às redes, incluídas nas tarifas de venda a clientes finais, vão recuar entre 52,7% e 94% no próximo ano. “Em 2022, as tarifas de acesso às redes observam reduções significativas em todos os níveis de tensão”, refere a ERSE.

Nas tarifas de acesso às redes em muito alta tensão (MAT), alta tensão (AT) e média tensão (MT), a descida será de 94%, enquanto nas tarifas em baixa tensão especial (BTE) a redução apontada é de 66%. Já no caso das tarifas de acesso em baixa tensão normal (BTN), a das famílias e pequenos negócios, a redução será de 52,7%.

“Com esta proposta, as variações nas tarifas de acesso às redes evidenciarão, em cinco anos (2018-2022), uma redução acumulada de –95% (MAT, AT e MT), de –69% (BTE) e de –59% (BTN)”, apontou.

Segundo o mesmo documento, o retrocesso verificado na tarifa de acesso às redes é justificado com um “decréscimo acentuado na tarifa de uso global do sistema”, resultado da diminuição dos custos de interesse económico geral.

Esta redução, face ao nível de preços do mercado regulado em 2021, contribui, em termos globais, para um recuo de cerca de 35% na fatura final dos clientes, “aliviando assim a pressão nos preços finais pagos pelos clientes, tanto no mercado regulado, como também no mercado liberalizado”.

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