O Governo publicou em Diário da República os limites aos valores que podem ser cobrados no âmbito do Programa de Arrendamento Acessível (PAA), que entra a vigor a 1 de julho de 2019, bem como as suas regras do seu funcionamento. Para Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), o “lançamento deste programa é de louvar”.
“Finalmente o Estado focou-se na habitação e está votado em promover soluções para os problemas crescentes dos jovens e famílias portuguesas. Este programa, que levará obviamente o seu tempo a produzir efeitos no mercado, dá um sinal positivo e promove o aumento da oferta habitacional dirigida à classe média, que é quem mais está a sentir dificuldades em encontrar alternativas habitacionais à medida das suas posibilidades”, disse o responsável, em comunicado.
"O Estado está a dar os passos que tem de dar, e vai no caminho certo: o da promoção da oferta. É aqui que se deve atuar"
Luís Lima, presidente da APEMIP
Segundo Luís Lima, os proprietários que adiram ao PPA “terão benefícios fiscais desde que a renda seja 20% abaixo dos preços de mercado e os arrendatários não tenham de suportar uma taxa de esforço superior a 35%”. “É sobretudo uma medida que visa a promoção da oferta para o mercado de arrendamento dirigido à classe média. Para jovens e famílias mais carenciadas existem já outros instrumentos como a oferta pública da habitação, que
estarão também a ser dinamizados pelo Estado em conjunto com as autarquias”, sustenta.
Salientando que o PPA não resolverá todos os problemas existentes no mercado, o líder da APEMIP considera que o programa dará “decerto um impulso” ao setor. “Tem de haver alguma razoabilidade no mercado, e não podemos querer 8 ou 80. O Estado está a dar os passos que tem de dar, e vai no caminho certo: o da promoção da oferta. É aqui que se deve atuar”, conclui.
3 Comentários:
Continuamos a passar para as entidades privadas as responsabilidades do Estado. Enquanto o estado estiver preocupado a salvar bancos levados à falência provocados por más gestão e continuar a não investir em construção social para apoiar a população trabalhadora e que paga impostos a situação do valor elevado dos arrendamentos não vai ter solução. Quando do 25 de Abril, e não tínhamos os rendimentos de impostos que temos aqui houve dinheiro para construir bairros sociais e acabar com as milhares de barracas que existiam em Lisboa e no Porto.
Agora não há dinheiro para investir na habitação social mas há para salvar bancos. Quanto se iria precisar em dinheiro para essa construção e resolver esta situação? Quantas habitações?Façam construção social e penalizem gravemente quem tem apartamentos fechados à anos e não lhes dá utilização.O mercado livre tem de funcionar.Havendo soluções mais baratas o valor das rendas baixa automaticamente sem precisar de regulação.
https://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2019/06/11/39918-se…
Incrivel! Só os Bancos têm 24mil imoveis em carteira, incluindo a CGD que é do estado. Como vêem o problema do valor dos arrendamentos e a falta de arrendamentos rapidamente ficava resolvido. Será que os interesses dos bancos e de outras entidades privadas são mais importantes do que a habitação garantida pela constituição às pessoas? Serão interesses privados mais importantes do que as pessoas? Ninguém se revolta por esta situação? Como quem tem responsabilidades não se importa com as pessoas? Familias? Crianças? Idosos?...
Para poder comentar deves entrar na tua conta