
O montante comunicado pelos bancos ao Fisco sobre as transferências para paraísos fiscais em 2018 foi de 8,95 mil milhões de euros. Os dados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) mostram que foram realizadas 113.875 transferências para territórios com situação tributária mais favorável, mais 11.571 do que em 2017. Os destinos preferidos foram a Suíça e Hong Kong.
Os números resultam das declarações submetidas até ao final do último dia útil de maio de 2019, com base no modelo 38, sobre transferências de fundos para ‘offshore', incluindo declarações de substituição e declarações submetidas fora de prazo. A partir de 2018, os bancos ficaram obrigados a enviar o modelo 38 à AT, que passou a ter de publicar os dados até ao final de junho.
Os responsáveis por estas transferências aumentaram. Em 2017 foram 11.093 ordenantes, enquanto em 2018 totalizaram 13.043, segundo a Lusa. Deste total, a maioria são pessoas coletivas (como empresas) que ordenaram transferências para estes territórios, tal como no ano anterior.
As estatísticas das Finanças destacam dois paraísos fiscais: a Suíça, que recebeu 3,35 mil milhões de euros, e Hong Kong, que recebeu 1,24 mil milhões. No total, os dois países receberam cerca de 4,59 mil milhões de euros em 56.514 transferências, também cerca de metade do número total de transferências para 'offshores' em 2018 (113.875).
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