Polémica

os juros no crédito à habitação estão no nível mais elevado dos últimos dois anos.

o presidente do banco santander totta, nuno amado, considera que "não há condições para diminuir" os "spreads" ao longo do ano. "o financiamento do estado a cinco anos é feito a 6%, um crédito à habitação a 20 anos está a ser feito a 3,5%, ou seja, um 'spread' a 2% mais taxa de juro.

o estado está a ganhar este ano cerca de nove milhões de euros só na cobrança do iva sobre outra taxa que os portugueses são obrigados a pagar: o financiamento da rtp, através da taxa do audiovisual, que vem na factura da luz e que subiu quase 30% este ano.

há cerca de um ano que os bancos estão a aumentar os "spreads" cobrados no crédito à habitação, com os valores a ultrapassarem os 4%. no entanto, o "spread" médio praticado pela banca para os novos contratos situa-se longe destes valores, rondando os 1,6% - próximo do "spread" mínimo.

um inquérito realizado pelo banco de portugal (bdp) concluiu que os bancos portugueses "tornaram-se significativamente mais restritivos no quarto trimestre" do ano passado.

em novembro, os bancos concederam apenas 727 milhões de euros para as famílias que precisavam de comprar casa, o valor mais baixo desde fevereiro de 2009.

a subida das prestações do crédito à habitação deverá ser moderada, antevê o jornal de negócios (jdn), considerando que não há motivos para alarme.

a taxa de juro dos contratos de crédito à habitação continuou a subir em novembro em portugal, para 1,992%, atingindo o máximo desde dezembro do ano passado.