Preços dos alimentos

Em 2024, cada português gastou, em média, 3.300 euros anuais em alimentação, valor ajustado à paridade de poder de compra, tornando Portugal um dos países da União Europeia com maior despesa neste setor. O aumento dos preços alimentares desde 2020 refletiu-se em menos refeições fora de casa, com 41% dos consumidores a relatarem redução de idas a restaurantes devido ao custo de vida elevado. O gasto médio ao almoço em Portugal situava-se em 17,82 euros durante a semana e 18,29 euros ao fim de semana, enquanto a despesa total em restaurantes e hotéis perdeu peso no orçamento familiar, representando 8,6% entre 2022 e 2023.

A subida homóloga dos preços dos produtos agrícolas de base abrandou, no primeiro trimestre, para os 17% na União Europeia (UE), com Portugal e Espanha a apresentarem o maior aumento (33%), segundo dados divulgados recentemente pelo Eurostat.

O custo mensal médio de um cabaz básico de consumo alimentar para um adulto com cerca de 40 anos aumentou 21% no espaço de um ano, entre outubro de 2021 e o mesmo mês de 2022, segundo estimativas do Banco de Portugal (BdP) divulgadas esta sexta-feira (9 de dezembro de 2022). O supervisor bancário adianta ainda que no mesmo espaço temporal o custo mensal mediano do mesmo cabaz disparou 24%.

Portugal está entre os países da União Europeia (UE) em que a inflação dos produtos alimentares está acima da taxa de inflação geral. Entre maio e agosto, esta diferença foi de 4,84%, sendo que acima de Portugal encontram-se, por exemplo, Suécia (5%) e Alemanha (7,27%). A média da UE foi de 5,24% e a da Zona Euro de 2,58%.

A subida da taxa de inflação, que em julho fixou-se em 9,1%, o valor mais alto desde 1992, está a retirar poder de compra aos portugueses, que apesar de estarem a ganhar mais estão também a gastar mais nos vários produtos e bens que compram, nomeadamente os essenciais. Isto porque o custo de vida também encareceu, nomeadamente os gastos com a fatura da eletricidade (subiu mais de 30% num ano) e com a alimentação (despesas aumentaram mais de 13,9%).

subida do preço dos alimentos ameaça milhões de pessoas: a subida dos preços mundiais da alimentação, devido à seca nos eua e na europa de leste, “ameaça a saúde e o bem-estar” de milhões de pessoas, alertou o presidente do banco mundial (bm), jim yong kim.

governo perde no desvio do iva o que ganha com corte de subsídios: o governo tem números positivos para apresentar à equipa da “troika” na quinta avaliação ao programa de ajustamento português, nomeadamente no que diz respeito ao controlo das despesa.