Juro de referência para o crédito habitação vai manter-se nos 3,95%, o nível em que ficou depois do corte realizado há 4 meses.
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Juros na China
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Lusa
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O Banco Popular da China (banco central) anunciou esta quinta-feira, dia 20 de junho, que vai manter a taxa de juro de referência em 3,45% pelo décimo primeiro mês consecutivo, indo ao encontro das expectativas dos analistas de que não haveria alterações.

Na atualização mensal, a instituição indicou que a taxa de juro de referência a um ano (LPR) se vai manter nesse nível durante pelo menos um mês.

Este indicador, estabelecido como referência para as taxas de juro em 2019, é utilizado para fixar o preço dos novos empréstimos - geralmente destinados às empresas - e dos empréstimos a taxa variável que estão a ser reembolsados.

É calculado com base nas contribuições de preços de um conjunto de bancos - incluindo pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais elevados e maior exposição a créditos não produtivos - e tem como objetivo baixar os custos dos empréstimos e apoiar a "economia real".

A última redução da taxa de juro a um ano ocorreu em agosto de 2023, quando o Banco Popular da China anunciou uma redução de 10 pontos de base, de 3,55% para os atuais 3,45%, uma decisão mais prudente do que os analistas previram na altura, que apontavam para uma redução de 15 pontos de base.

Os especialistas consideraram que o banco central chinês optou pela prudência face à divergência com outras potências - onde a tendência das taxas tem sido de subida para conter a inflação - e à consequente pressão sobre a taxa de câmbio da moeda nacional, o yuan.

O banco central também indicou esta quinta-feira que a LPR a 5 anos ou mais - a referência para o crédito à habitação - vai manter-se nos 3,95%, embora neste caso o último corte tenha sido há quatro meses.

Em fevereiro, a instituição baixou esse indicador em 25 pontos base, de 4,2% para 3,95%. Esta foi a maior redução desde que as autoridades chinesas inauguraram o sistema LPR em 2019, e também superou as expectativas do mercado, que antecipava uma queda de 15 pontos base.

De acordo com os analistas, a decisão de efetuar um corte maior do que o previsto no LPR a 5 anos ou mais deve-se à preocupação de Pequim com a crise no mercado imobiliário chinês.

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