Artigo escrito por Gorka Ramos, colaborador do idealista/news.
“Estamos a fazer história”. Foi com esta frase que o presidente da Bolívia Eco Morales inaugurou a nova autoestrada que une La Paz com Oruro (Bolívia). E, a ver pelos números, Morales tem razão: a autoestrada tem apenas 203 quilómetros, mas custou cerca de 312,5 milhões de dólares (275 milhões de euros), 80% dos quais pagos com dinheiro público. É a estrada mais cara do mundo.
A imprensa boliviana fez as contas e concluiu que o preço por quilómetro ronda os 1,5 milhões de dólares (1,35 milhões de euros). Para se ter uma ideia, no México, Argentina e Peru pagam-se por quilómetro um milhão de euros, 882.000 euros e 864.000 euros, respetivamente.
Um valor que baixa consideravelmente nos países europeus. Na Alemanha, por exemplo, um quilómetro de estrada custa 102.000 euros, na Grécia 144.000 e em Espanha 189.000.
A diferença de preços tem a ver com a corrupção existente na Bolívia, país que ocupa o 103º lugar (entre 175 países) no Índice de Percepção de Corrupção.
De referir que Evo Morales justificou o montante investido na construção da estrada com o facto da mesma contribuir para que haja “menos acidentes e menos mortos” e para que se gaste menos combustível e se façam viagens mais rápidas e cómodas.
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