Operações de limpeza e desmantelamento da central nuclear estão longe de estar concluídas e pandemia veio complicar a reocupação da zona planeada pelos municípios.
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10 anos de Fukushima: muitos dos terrenos para revitalizar a zona ainda estão desocupados
GTRES

Passou uma década desde a tragédia de Fukushima. E dez anos depois do devastador terramoto seguido de tsunami no Japão, que originou o segundo acidente nuclear mais grave na história, as operações de limpeza e desmantelamento estão longe de estar concluídas, estimando-se que durem até meados deste século. Por outro lado, muitos dos terrenos que as populações tiveram de abandonar ainda estão desocupados, num processo difícil que foi agravado pela pandemia.

Quase 40% dos terrenos adquiridos aos antigos habitantes pelos municípios japoneses na sequência do terramoto de 2011 continuam por ocupar nas prefeituras de Iwate, Miyagi e Fukushima, segundo conta o jornal local Yomiuri Shimbun, num artigo traduzido pelo Público. Os vários municípios nas três grandes regiões têm tentado atrair empresas para ocuparem a vasta extensão de terrenos adquiridos na última década, mas a pandemia do coronavírus SARS-CoV-2 veio dificultar ainda mais o processo.

A análise do jornal japonês foi feita em janeiro e fevereiro em 26 municípios que acionaram projetos para o realojamento de residentes em zonas mais elevadas e para a compra dos terrenos que os habitantes tiveram de deixar para trás.

A área total dos terrenos comprados pelos 26 municípios é de 22,8 Km2 – o equivalente à área da cidade da Amadora –, dos quais 36%, ou 8,14 Km2, nunca foram utilizados. Em comparação com uma análise feita em 2018, a área comprada pelos municípios cresceu 9% e a percentagem de terra não utilizada subiu 24%.

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