
cavaco silva foi reeleito presidente da república com 52,94% dos votos, ultrapassando a percentagem pela qual foi eleito há cinco anos, 50,54%, mas não atingindo os 2.773.431 votos conseguidos em 2006. manuel alegre ficou aquém das expectativas, tendo conseguido 19,75%, menos do que alcançou há cinco anos (20,74%). fernando nobre foi a grande surpresa da noite eleitoral ao atingir 14,10%. francisco lopes teve 7,14%, josé manuel coelho 4,5% e defensor moura 1,57%
os votos em branco foram na ordem dos 4,26% e os nulos rondaram os 1,93%. já a abstenção atingiu 53,37%, a maior registada em eleições presidenciais democráticas: o valor mais elevado tinha sido atingido também numa reeleição, a de jorge sampaio em 2001, em que a abstenção chegou aos 50,29%
apesar da clara maioria, o resultado de cavaco silva acaba por ser, o mais baixo de uma eleição presidencial em democracia. até à data o mais baixo tinha sido o de jorge sampaio, com 2.401.015, na sua reeleição em 2001
no discurso de vitória, o presidente reeleito começou por saudar "o elevado sentido cívico" dos que votaram, salientando que os níveis de participação "mostram o sentido de responsabilidade" dos portugueses. o chefe de estado reeleito fez questão de frisar que ganhou em todos os distritos e nas regiões autónomas e garantiu que será "o presidente de de todos sem excepção"
no discurso de vitória houve ainda espaço para recados aos seus adversários. depois de ter evitado responder aos ataques que lhe fizeram durante a campanha, cavaco quebrou o silêncio e afirmou que a sua vitória foi a derrota das "campanhas da infâmia"
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