miguel poisson, director-geral da era imobiliária, considera que existe em portugal um “excesso de oferta” imobiliária, mas negou a existência de uma bolha. segundo o responsável, “há mais investidores a comprar” casa “para arrendar”, sendo que “o imobiliário é uma alternativa mais rentável do que os tradicionais depósitos a prazo"
em entrevista ao oje, miguel poisson traça o cenário que se tem vivido no sector nos últimos anos e que tem mudado o “modus operandi” do mesmo: “[há] menos financiamento por parte da banca e maior rigor na atribuição de financiamento, bem como spreads mais elevados. também o incumprimento por parte das famílias, que fez com que os bancos se tornassem grandes proprietários de imóveis, a par da nova lei do arrendamento e o crescimento da solução arrendamento. por último, destaco a aposta nos leilões de casas, presenciais e online”
para o director-geral da era, “surgiram mais clientes investidores e mais prontos pagamentos”, bem como “mais clientes estrangeiros”, nomeadamente ao abrigo dos golden visa (vistos dourados). “o mercado imobiliário teve de se ajustar à nova realidade e, neste contexto, surgiram novos serviços e novos produtos”, explicou, dando como exemplo o casa pronta ou o arrendamento seguro, ambos da era
quando questionado sobre se concordava com os analistas, que consideram que portugal é um mercado imobiliário sem bolha, miguel poisson foi explícito: “sim. sabemos que, em portugal, não se viveu a situação registada em espanha ou na irlanda. existe, sim, um excesso de oferta, mas não uma bolha imobiliária. os preços foram sendo progressivamente corrigidos no mercado ao longo dos últimos anos”
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