a conferência de líderes reúne-se hoje para agendar a discussão e eventual votação das novas medidas de austeridade apresentadas pelo governo em bruxelas. o pec4 está no centro da crise política e pode bem ditar a queda do governo já amanhã
josé sócrates avisou que uma moção contra o pec significaria a abertura de uma crise política, mas o líder do psd pedro passos coelho tem-se mostrado indisponível para discutir as novas medidas do governo. para já, está previsto que o cds-pp, o bloco de esquerda e o pcp apresentem na assembleia da república resoluções sobre o pec
apesar do governo já ter afirmado várias vezes que está disponível para negociar as novas medidas de austeridade, os responsáveis da zona euro já vieram dizer que não há razões para alterar o programa que já foi apresentado por portugal em bruxelas
"aprovámos o programa de ajustamento tal como nos foi proposto pelo governo português [e] que foi avalizado tanto pela comissão europeia como pelo banco central europeu", afirmou jean-claude juncker, ministro das finanças do luxemburgo e presidente do eurogrupo, no final de uma reunião dos seus pares em bruxelas, cita o público
o governo encontra-se assim entre a espada e a parede, uma vez que os partidos da oposição já afirmaram que não vão aprovar estas novas medidas. sócrates mantém que se o pec4 não for aprovado se demite, pelo que o cenário de eleições antecipadas deverá ser o único caminho possível
vários políticos de peso, como o ex-presidente da república mário soares, pedem agora a intervenção "urgente" de cavaco silva
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