A forma como a evolução das Euribor em terreno negativo pode afetar clientes e bancos, nomedamente a nível do crédito à habitação, está a ser avaliada pelo Banco de Portugal. O supervisor do setor financeiro nacional pretende apurar os reais impactos de estarem a baixo de zero as taxas de juro que servem de indexante na maioria dos empréstimos em Portugal.
"O Banco de Portugal está a acompanhar a evolução das taxas de referência Euribor, as quais são taxas de mercado fora da interferência direta do BCE", diz o regulador, citado pelo Jornal de Negócios.
A Euribor é fixada todos os dias por indicação de um painel de vários bancos europeus sobre a taxa a que estariam dispostos a emprestarem dinheiro entre si.
Se estas taxas a uma e duas semanas afetam pouco os clientes dos bancos, particulares ou empresas, a Euribor a um mês é utilizada em vários produtos das instituições financeiras.
Isto é sobretudo relevante para as empresas, havendo no mercado várias contas indexadas à Euribor a um mês, que chegou a estar em -0,005%, embora a média aritmética deste mês, que é a utilizada pelos bancos, se mantenha positiva, segundo escreve o jornal.
Euribor cai para níveis nunca vistos perante a possível compra de dívida pelo BCE
A possível compra massiva de dívida soberana por parte do Banco Central Europeu (BCE) provocou a queda da Euribor diária para níveis nunca vistos, a 0,284%. À espera de que o presidente do organismo, Mario Draghi, torne oficial esta quinta-feira a decisão, a Euribor regista quedas para a alegria de quem tem créditos à habitação com esta maturidade.
Prestação da casa mais barata com Euribor em queda
As taxas Euribor, a que estão associados os empréstimos à habitação e às empresas, desceram de forma significativa em junho. Os contratos a rever em julho vão sentir uma redução ligeira nas prestações, que deverá ser um pouco maior nos próximos meses.
Crédito malparado: Marcelo promulga diploma de novas regras de gestão
O Presidente da República promulgou esta quarta-feira (13 de agosto de 2025) um diploma que introduz novas regras de gestão do crédito malparado pelas instituições financeiras com o objetivo de os bancos lidarem melhor com os créditos não produtivos.
Mudar o crédito habitação para outro banco: é preciso avaliar a casa?
Os bancos parecem estar a manter aberta a torneira do crédito habitação, e são muitos os portugueses que precisam de financiamento para comprar casa. Algumas pessoas estão, de resto, a optar por transferir o empréstimo para outras entidades. Será que é preciso, nestes casos, pedir uma avaliação da casa? Explicamos tudo sobre este tema no artigo desta semana da Deco Alerta.
Prestações da casa sobem 1 euro em agosto para Euribor a 3 e a 6 meses
Em julho, as taxas Euribor inverteram a tendência dos últimos meses, com os prazos mais curtos a subir ligeiramente e o prazo a 12 meses a registar uma descida residual. Este cenário tem baixo impacto nos novos créditos habitação contratados em agosto face às condições simuladas no mês anterior. Isto porque a subida mensal das prestações da casa indexadas à Euribor a 3 e a 6 meses é de apenas um euro, tal como revelam as simulações.
Taxa de juro de renegociações e novos créditos habitação cai para 2,91%
A taxa de juro média das novas operações de crédito habitação, incluindo renegociações, desceu em junho pelo quinto mês consecutivo, para 2,91%, o valor mais baixo desde outubro de 2022, divulgou esta quinta-feira (31 de julho de 2025) o Banco de Portugal (BdP).
Jovens pedem mais crédito habitação: que salários e poupanças têm?
A isenção de IMT e a garantia pública têm atraído cada vez mais jovens até aos 35 anos para comprar casa com recurso a crédito habitação. Mas muitos processos acabam por ficar pelo caminho, sobretudo, os pedidos realizados por jovens até aos 25 anos ou com salários mais baixos. A verdade é que a grande maioria destas jovens famílias que acaba por contratar empréstimos habitação têm idades entre os 25 e 35 anos e rendimentos que começam nos 2.000 euros.
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