Um investimento de 15 milhões de euros é o que a TCS vai fazer em Viseu. O objetivo da empresa que desenvolve tecnologias e produtos de construção civil é construir uma unidade industrial para produzir inovadores blocos de esferovite preenchidos com betão.
Para isso, a construtora vai comprar comprar dois lotes de terreno infraestruturado no Parque Industrial do Mundão, por 25 euros o metro quadrado, segundo noticia o Diário Económico.
Como contrapartida deste investimento que vai criar 50 postos de trabalho, a câmara presidida por Almeida Henriques garante o acesso da TCS ao programa "Viseu Investe".
Este regime de incentivos diretos ao investimento "permite a recuperação do valor de impostos municipais cobrados em função do volume de investimento, postos de trabalho gerados e tempo de realização do investimento", explica fonte oficial da autorquia, citada pelo jornal.
A TCS assinou ontem um memorando de entendimento com o Município para instalar a fábrica na região.
Para Almeida Henriques, ex-secretário de Estado da Economia e do Desenvolvimento Regional "este investimento confirma a atratividade da cidade-região e dos seus recursos humanos qualificados para investimentos externos".
Radicada no Brasil e em Espanha, a TCS opera no segmento da construção civil não pré-fabricada usando uma tecnologia desenvolvida nos Estados Unidos que permite reduzir o tempo de construção.
Por exemplo, numa casa de 52 metros quadrados em vez de levar 90 dias a construir, de acordo com o sistema tradicional, leva 20 - mas também os custos de energia (em 25%) ou os resíduos de obra (de 27% para 3%). A TCS opera ainda nos mercados da América do Sul e de África.
Construção: nova lei dos alvarás incentiva a "clandestinidade"
A nova lei dos alvarás, publicada ontem, “promove a clandestinidade” e a “concorrência desleal”, podendo ainda vir a “potenciar a sinistralidade laboral”, acusa a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN).
Privados ajudam à recuperação do setor da construção
A recuperação que parece ter chegado ao setor da construção, o mais afetado pela crise, não se deve ao setor público. Sem surpresas, são os privados que estão a puxar pelo investimento na construção, que nos primeiros três meses do ano cresceu 8,5%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
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