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Tem 40 anos e, antes de entrar para o HSBC, em 2007, passou pela McKinsey e pelo Goldman Sachs. Em novembro de 2013 foi promovido a presidente da unidade banco no Reino Unido, onde gere mais de 50.000 pessoas e cujas receitas representam 25% do grupo. Agora, a partir de 1 de setembro, António Simões vai substituir Alan Keir no cargo de presidente do HSBC, um dos maiores bancos a nível mundial. 

Quem o conhece diz que é simples, acessível e simpático. O Dinheiro Vivo traçou o seu perfil através de excertos de entrevistas dadas a vários meios de comunicação. Numa delas, ao Jornal de Negócios, há cerca de um ano, disse que não encaixava no perfil de “uma pessoa de 55 anos, homem, straight (heterosexual), com três filhos”. 

António Simões é gay assumido – casado com Tomás, um espanhol que trabalha na área financeira em Londres – e não tem complexos em falar disso. “Se não fosse gay provavelmente não seria CEO (presidente da comissão executiva) do banco”, disse, em entrevista ao Expresso. 

O gestor, que está longe de Portugal há quase duas décadas mas costuma vir regularmente visitar o país, foi premiado, por exemplo, pela European Diversity Awards e distinguido como o “mais inspirador gay executivo de topo” pela OUTStanding in Business/Financial Times, escreve o Dinheiro Vivo. 

Já viveu nos EUA, em Hong Kong, Itália, França e Inglaterra. E se há um ano não pensava voltar a trabalhar em Portugal, o regresso continuará agora fora dos planos. “Posso contribuir para o país de uma forma diferente. A ideia dos emigrantes que estão 60 anos fora e só visitam o país em agosto já não faz sentido. Venho cá quase todos os meses, tenho uma casa no Alentejo, contribuo para a economia portuguesa”, disse, em entrevista ao Diário Económico, no início do ano passado.

António Simões formou-se na Universidade Nova, onde foi o melhor aluno do seu curso de Economia, com média de 18. Depois rumou a Nova Iorque e tirou o MBA na Columbia University, tendo sido professor assistente naquela universidade. “A base académica que tinha de Portugal, numa licenciatura em Economia, era superior a todos os meus colegas”, garantiu, salientando que a “preparação ao nível académico e técnico [em Portugal] é muito forte”, mas que a visibilidade do país “ainda não é suficiente”. “Faltam-nos a reputação”, afirmou.

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