Foi autorizada a construção de um edifício habitacional de três pisos no concelho de Vila de Rei, a menos de 50 metros da albufeira, em plena Reserva Ecológica Nacional (REN). A Quercus fala de uma situação "inaceitável" e alerta para o perigo de contaminação das águas que abastecem Lisboa.
Em causa está o licenciamento da construção de um edifício que ocupa 540 metros quadrados, para o lugar de um espaço ocupado por uma estrutura em ruínas com cerca de 20 metros quadrados, escreve o Público. Um cenário que vai contra as restrições impostas pelo Plano de Ordenamento da Albufeira de Castelo do Bode (POACB), que só permite uma ampliação de 25 metros quadrados à construção existente.
Os ambientalistas falam ainda da "abertura de uma vala até ao plano de água, com movimentação de terras e abate de árvores, onde foram enterrados quatro tubos de PVC com comunicação à albufeira e, pelo menos um deles servirá para descarga de esgotos domésticos da fossa séptica construída na zona reservada interdita”, considerando esta situação inaceitável, face à ameaça que este tipo de construções constitui para a qualidade da água.
Embora a situação já tenha sido denunciada ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA-GNR), à Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e à Câmara Municipal de Vila de Rei, revela a Quercus, a verdade à que a obras continuam, já que o executivo afirma ter a obra licenciada com base na consulta que fez à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR Centro), à Administração da Região Hidrográfica do Tejo (ARH Tejo) e à APA.
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