Localizado à beira do rio que atravessa Coimbra, o empreendimento residencial Jardins do Mondego está agora no mercado por um preço base de 22 milhões de euros. O projeto - que está por concluir, depois de ter sido embargado pelo tribunal - é detido em copropriedade pelo Millennium bcp e está a ser comercializado pela Savills. O prazo para apresentação das propostas dos potenciais interessados acaba no dia 15 de abril de 2019.
Com uma área de 18.246,3 metros quadrados (m2), cuja área bruta de construção acima do solo totaliza mais de 32 mil m2, o empreendimento que faz parte do malparado do BCP é composto por 12 lotes (seis dos quais do banco) e destina-se a habitação coletiva com comércio no lote 1. Em causa estão 253 novos apartamentos.
"Em termos de obra, o banco estima que os lotes estejam concluídos a cerca de 75% no global, sendo que os lotes 7 a 15 estão mais avançados em termos de construção acabada", informa o banco, citado pelo Público Imobiliário, detalhando ser o dono dos "lotes 1, 2, 3-4, 5-6, 16 e 17, que dominam a entrada do empreendimento, e que a entidade terceira é responsável pelos lotes 7 a 15".
Em termos dos blocos construídos, segundo a mesma fonte, "os edifícios têm alturas entre os cinco e os sete pisos acima do solo, todos com dois pisos de cave para estacionamento e com tipologias entre o T0 e o T4, totalizando 253 habitações e quatro áreas comerciais”.
Este empreendimento - que foi promovido pelo empresário Emídio Mendes, que possuia no Brasil, em Santos, um outro empreendimento que viria a declarar falência - viu embargado dois dos seus lotes pela Câmara Municipal de Coimbra “por violarem uma área classificada como zona verde no Plano Director Municipal (PDM)”.
Forte procura em Coimbra por este tipo de produtos
Atendendo às caraterísticas do empreendimento, Nuno Marçal, responsável de vendas Grandes Imóveis Norte da Direção de Crédito Especializado e Imobiliário do Millennium bcp considera "tratar-se de um ativo apelativo em qualquer região, dado que é transversal ao país a procura crescente por habitações", destacando a procura por este tipo de produto que se regista atualmente na região.
Já Paulo Silva, head of country da Savills, diz que "para os investidores estrangeiros este empreendimento é particularmente interessante dada a sua dimensão. Não irão com certeza desenvolver diretamente o projeto, mas provavelmente com um parceiro português”, revelando que “pelo menos na obtenção e acesso a informação este ativo está a ter um grande interesse”.
Para poder comentar deves entrar na tua conta