
O mercado imobiliário na China está a enfrentar uma crise sem precedentes, tendo o próprio Governo tomado medidas para atenuar as dificuldades das empresas e famílias. Mas será que chega? Segundo a Goldman Sachs, a China precisa de injetar cerca de 2 biliões de yuans (perto de 254 mil milhões de euros) no imobiliário, de forma a absorver cerca de 10% da oferta de casas e, assim, estabilizar preços (que estão a cair).
Esta é a estimativa do banco de investimento depois de analisar o stock de casas e outros imóveis em 80 cidades chinesas. No seu relatório publicado no South China Morning Post, estas cidades na China têm um excedente de oferta de imóveis que ronda os 20 biliões de yuans (cerca de 2.539 mil milhões de euros).
“Até agora, o apoio político chinês não foi suficiente para mover uma agulha, mas esperamos que haja mudanças no horizonte”, escrevem os analistas liderados por Yi Wang no relatório. Recorde-se que as autoridades chinesas avançaram com um pacote de medidas destinadas ao imobiliário no mês passado, o qual inclui um plano de reembolso de 300 mil milhões de yuans (38 mil milhões de euros), que permite às empresas estatais comprar casas que estão no mercado, tal como noticiou o idealista/news.
O Banco Popular da China também desceu as taxas de referência que impactam os jurso no crédito habitação e reduziu a taxa de entrada quem compra casa pela primeira vez, bem como para quem compra segundas habitações. No mês passado, as principais cidades chinesas, incluindo Xangai, Guangzhou e Shenzhen, reduziram as taxas de juro nos empréstimos da casa e aliviaram as restrições à compra de casas para atrair compradores.
Mas poderá ser necessário um “desconto acentuado” de mais de 30% para motivar as empresas estatais da China a aumentarem as suas compras de casas a nível nacional, estima a Goldman Sachs citada pela mesma publicação. A liquidez dos promotores imobiliários também não deverá melhorar tão cedo, a menos que o apoio político aumente a confiança das famílias no mercado residencial.
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