Esta tendência serve para tornar a vida mais simples, mais bonita e, quem sabe, um bocadinho mais feliz logo pela manhã.
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zona de pequeno almoço
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O pequeno-almoço pode ser um momento apressado, vivido em pé, com o café numa mão e o telemóvel na outra. Mas também há quem o viva como uma ritual diário com espaço próprio, pensado ao detalhe, inspirado nas estações de café e chá dos hotéis. 

Esta moda nasceu do desejo de trazer para casa um pouco do encanto dos hotéis boutique, onde o pequeno-almoço é sinónimo de prazer visual, aroma de café fresco e conforto discreto. 

Na verdade, ter uma zona de pequeno almoço na cozinha, transformou-se numa das tendências mais desejadas das remodelações. 

Afinal o que é mesmo uma zona de pequeno almoço?

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Em Espanha existe uma palavra que resume na perfeição o conceito: o "desayunador". Este é um espaço dedicado ao pequeno-almoço, onde se reúnem os elementos mais usados nas rotinas matinais: a máquina de café, a torradeira, a chaleira, os frascos de cereais, as compotas, os pães e até um pequeno frigorífico para os laticínios.

Pode estar num armário sem portas, visível entre prateleiras de madeira no estilo "hygge", sobre uma bancada com dois bancos altos ou até oculto atrás de portas de despensa. 

Como nasce esta tendência?

Tudo começou nos hotéis, primeiro como estações de café para hóspedes, depois como minibares gourmet com máquina de expresso, chaleira e snacks. Os arquitetos de interiores perceberam o potencial da ideia e começaram a traduzi-la para o ambiente doméstico.

Marcas de mobiliário europeias já incorporam a zona de pequeno-almoço nas suas coleções de luxo. Há quem o esconda atrás de portas de correr, há quem o assuma como elemento decorativo. Mas em ambos os casos, o objetivo é o mesmo: organizar, simplificar e embelezar.

No Instagram o hashtag "desayunador" já soma mais de 100 mil referências, com casas de todo o mundo a exibir versões cada vez mais criativas deste recanto funcional.

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A cozinha como refúgio: o luxo do ritual

Durante décadas, a cozinha foi o espaço mais técnico da casa. Mas as novas formas de viver transformaram-na no centro da casa. Já não é apenas o sítio onde se cozinha, é onde se conversa, trabalha, e sim, também se desfruta de um pequeno-almoço tranquilo.

O "desayunador" nasce dessa mudança de mentalidade: o luxo passou a estar nos gestos quotidianos, na possibilidade de começar o dia com tempo, com tudo no sítio, sem stress. 

Em vez de ter os pequenos eletrodomésticos espalhados pelo balcão, esta passa a ser uma zona organizada e acolhedora, com luz suave, materiais quentes e uma disposição funcional. 

Queremos espaços organizados, tecnológicos, mas também aconchegantes e com estilo. A zona de pequeno almoço encaixa perfeitamente nesse equilíbrio.

Mostrar ou esconder: como decidir?

O estilo predominante nestas novas cozinhas é uma mistura entre o minimalismo nórdico e o design contemporâneo europeu. Madeira clara, tons neutros, superfícies mates e texturas suaves criam a base perfeita para este tipo de recanto.

Depois há dois grupos distintos: os que querem exibir o "desayunador" como peça de design e os que preferem escondê-lo atrás de portas perfeitas.

Quem o exibe vê neste módulo um espaço de expressão: usa prateleiras abertas, luz ambiente e loiças bonitas. É o canto onde o café se prepara, mas também onde se mostra personalidade.

Já quem o esconde prefere a ordem absoluta. Neste caso, esta zona fica dentro de um armário, com portas de correr, painéis escamoteáveis ou sistemas retráteis, revelando-se apenas quando necessário. 

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Planeamento: o segredo do sucesso

Para quem está a remodelar, a criação de uma zona de pequeno-almoço deve ser pensada desde o início do projeto. A sua eficácia depende de três fatores: 

  • Espaço: mesmo numa cozinha pequena, é possível integrar uma mini zona de pequeno-almoço. Um módulo de 80 a 100 cm de largura pode ser suficiente, desde que o espaço seja bem aproveitado.
  • Ergonomia: o ideal é que todos os elementos estejam à altura dos olhos e das mãos. As prateleiras ajustáveis são uma boa solução.
  • Instalações elétricas: como vai alojar pequenos eletrodomésticos, a zona de pequeno almoço precisa de tomadas bem posicionadas, ventilação adequada e, de preferência, iluminação embutida.

Quanto custa criar uma zona de pequeno-almoço

Este investimento traduz-se em conforto diário e valorização estética. Tal como acontece com as cozinhas de luxo, o detalhe e a execução são tudo. Os custos variam consoante os materiais e o grau de integração.

  • Um módulo simples, com prateleiras abertas e uma tomada, pode custar entre 600 € e 1.000 €.
  • Um modelo mais elaborado, com portas, iluminação interior e acabamento em madeira nobre, pode atingir 2.000 € a 3.500 €.
  • Com eletrodomésticos embutidos (uma máquina de café encastrada ou um pequeno frigorífico), o valor pode ultrapassar os 4.000 €.
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Vantagens de ter uma zona de pequeno-almoço

Esta zona, bem planeada, traz uma série de vantagens práticas e visuais:

  • Organização: mantém os pequenos eletrodomésticos agrupados e fora de vista.
  • Conforto: cria uma rotina matinal mais calma e funcional.
  • Design: acrescenta personalidade e equilíbrio à cozinha.
  • Higiene visual: reduz a sensação de desordem nos espaços abertos.
  • Valorização do imóvel: uma cozinha com desayunador transmite modernidade e cuidado com o detalhe.

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