Remessas emigrantes

As remessas dos emigrantes subiram 1,15% em maio em termos homólogos, para 288,07 milhões de euros, enquanto os valores enviados pelos estrangeiros em Portugal cresceram 8,9%, para 42,6 milhões de euros, segundo o Banco de Portugal (BdP).

O total das remessas de emigrantes desceu 1,3% em 2020, ano marcado pela chegada da pandemia da Covid-19, para 3.612,9 milhões. Já o dinheiro enviado pelos imigrantes para fora de Portugal subiu 1,6% para os 486,2 milhões, tendo-se posto um ponto final a uma subida do saldo que há oito anos.

As remessas dos emigrantes têm vindo a subir ano após ano – é assim desde 2009 –, mas devem cair em 2020, na sequência da pandemia da Covid-19. Nos primeiros dez meses do ano passado, ou seja, entre janeiro e outubro, os emigrantes enviaram menos 55 milhões de euros para Portugal face ao período homólogo.

As remessas dos emigrantes portugueses subiram para o valor mais alto de sempre, ultrapassando pela primeira vez a barreira dos 3.500 milhões de euros. As remessas subiram 6,3% no ano passado, chegando a aumentar quase 30% face a 2012, ano em que foram enviados menos de 3.000 milhões para Portugal.

Crise, austeridade, desemprego. Tudo fenómenos que fazem com que os portugueses tenham, cada vez mais, de emigrar e buscar melhores condições de vida noutros locais. Só no último ano, deixaram o País 120 mil portugueses, número que se vai repetir já em 2013.