As sugestões de leitura de Rita Fazenda, Editora e Publisher no Grupo Leya, para o idealista/news.
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Livros para ler nas férias de verão
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Com o bom tempo e um merecido período de descanso para muitos de nós, os livros podem ser uma bela companhia. “Nas páginas de um livro podemos encontrar muitos mundos e viajar para infinitos locais sem sair de onde estamos. E existe um livro para cada pessoa, só há que procurar”. As palavras são de Rita Fazenda, Editora e Publisher no Grupo Leya, que, a pedido do idealista/news, elaborou uma lista de livros para ler nas férias de verão.

A Editora e Publisher explica que estas sugestões “incluem vários géneros literários e formas de escrita, bem como, autores diferentes entre si”, para quem sabe algum deles ser “o teu livro de férias”. Deixamos-te de seguida a lista de livros, com as respetivas sinopses.

DA MEIA NOITE ÀS SEIS, Patrícia Reis, 192 páginas, D. Quixote

A pandemia é o pano de fundo para este livro. Vários personagens que se entrecruzam para lidarem com a vida e com a morte, com o amor ou a falta dele. A personagem principal Susana Ribeiro de Andrade é uma locutora de rádio a tentar sobreviver a perda súbita do marido. Rui Vieira, jornalista na mesma estação de rádio, debate-se com as consequências de um acidente que veio expor as fragilidades da sua vida familiar e amorosa. Ambos vão encontrar um novo alento para reconstruir as suas vidas no programa de rádio das madrugadas. Escrita num registo de intimidade que nos envolve, esta narrativa segue a vida, presente e passada, de personagens que habitam a mesma realidade e cujas opções de vida refletem o que é prioritário em tempos de pandemia.

da meia-noite às seis
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A CORUJA CAÇA SEMPRE À NOITE, Samuel Bjørk, 496 páginas, Dom Quixote

Um livro para amantes de thrillers nórdicos que nos prende da primeira à última página. Situado nas belas paisagens da Noruega, leva-nos à descoberta de quem terá sido culpado por um crime macabro. Tudo começa quando uma adolescente problemática desaparece de um orfanato e é encontrada assassinada e o seu corpo deitado numa cama de penas, o experiente Holger Munch e a sua equipa são chamados para resolver o caso. A investigadora estrela Mia Krüger, que está de licença temporária, enquanto continua a lutar com seus próprios demónios, volta abruptamente para a ribalta e mergulha neste caso, a tempo de descodificar as pistas sobre um vídeo perturbador que retrata a vítima minutos antes ser morta e onde surge aprisionada como um animal enjaulado.

A coruja caça sempre à noite
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HISTÓRIA DE UMA FAMÍLIA DECENTE, Rosa Ventrella, 320 páginas, Dom Quixote

Para os leitores que se deixam envolver pela envolvente escrita tipicamente italiana. Um livro que retrata uma saga familiar de rara beleza. Como pano de fundo o Sul de Itália, nos anos 80. Os verões em Bari velha são passados entre os becos de lajes brancas, onde as crianças se perseguem pelas curvas de um labirinto de ruelas, no meio dos aromas dos lençóis estendidos em arames e dos molhos saborosos. Maria, de doze anos, cresce aqui com os dois irmãos mais velhos. É uma menina pequena e morena, com feições selvagens que a tornam diferente das outras crianças – uma boca grande e dois olhos quase orientais que brilham como pequenos buracos – e uma certa maneira de ser hostil e insolente que lhe valeu a alcunha «Malacarne». Vive numa terra sem tempo, num bairro onde os abusos são sofridos e infligidos, e de onde é muito difícil escapar. No entanto, Maria não está disposta a submeter-se a normas que não respeita. O seu único apoio é Michele, o filho mais novo do clã Senzasagne, a gente mais decadente de Bari velha. Apesar da hostilidade entre as suas famílias, entre ambos surge uma amizade delicada, quase fraternal, que o tempo converte em amor. Um amor que, embora impossível, os preserva do rancor do resto do mundo.

História de uma família decente
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PÉS NA TERRA, Raquel Ochoa, 432 páginas, Oficina do Livro

Para quem tem saudades de viajar este livro vai ser uma porta para o mundo. A viajante e autora Raquel Ochoa leva-nos consigo a ver várias latitudes, formas de vida e a sentir como foram as suas aventuras desde muito cedo como viajante. Escrito em forma de histórias, muitas deles em tom bastante pessoal, as páginas desta narrativa vão ser um escape feliz para os dias que têm sido mais difíceis ao mesmo que uma inspiração para sonhar com viagens futuras. Diz-nos a autora deste livro: «Com ou sem mapas, o mundo é um lugar esplêndido onde o observador é tão importante como o observado. E existem lugares (e pessoas) monótonos, poeirentos, íngremes e até extremamente assustadores; mas enfrentar a natureza tal como ela é faz de nós mulheres e homens maiores, até porque em qualquer beco escuro há sempre vida para uma candeia.»

Pés na Terra
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O LIVRO DO DESLEMBRAMENTO, Ondjaki, 208 páginas, Caminho

Mais uma o autor Ondjaki nos transporta por terras angolanas, em O Livro do Deslembramento mais precisamente até Luanda no período em que, após os acordos de Bicesse, a guerra civil parou, e houve eleições em Angola pela primeira vez. Mas em pouco tempo reacende-se a guerra civil. Como diz o narrador, «aquela guerra que nunca ninguém nos apresentou ou explicou, a guerra que sempre tinha “andado lá longe” sem nos ameaçar assim nas ruas da nossa cidade, no nosso mar, nas nossas praias, nas nossas famílias». Realidade que nos é apresentada pelos olhos de uma criança. As histórias surgem nas páginas deste livro numa estudada circularidade, até quase ao final. Mas aqui chegados tudo muda. Aquele mundo, vivido como uma história de encantar, tem debaixo de si um vulcão prestes a explodir.

O Livro do Deslembramento
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