Por ocasião do Dia Mundial das Competências da Juventude, o Eurostat analisou as mudanças na participação dos jovens no mercado de trabalho em 2020.
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Um em cada seis jovens adultos na UE não estuda nem trabalha
Eurostat

Mais de um em cada seis (17,6%) dos jovens adultos com idades entre os 20 e os 34 anos não trabalhava, não estudava, nem estava a frequentar qualquer tipo de formação (NEET) em 2020 na União Europeia (UE), um aumento de 1,2 pontos percentuais em relação a 2019.

Por ocasião do Dia Mundial das Competências da Juventude, o Eurostat analisou as mudanças na participação dos jovens no mercado de trabalho em 2020. Os resultados mais recentes do inquérito à população jovem da UE mostram que, na sequência de uma tendência de queda na percentagem de jovens sem emprego ou educação desde 2013, 2020 foi um ano de viragem, com um pico ascendente.

Todas as três faixas etárias consideradas registaram uma participação maior em 2020 em relação a 2019: 15,7% para pessoas de 20-24 anos (aumento de 1,2 pontos percentuais (pp)), 18,6% para pessoas de 25-29 anos (aumento de 1,4 pp), e 18,2% para os 30-34 anos (+ 0,8 pp). “Esta mudança repentina reflete a desaceleração económica relacionada com a pandemia da Covid-19”, refere o gabinete de estatísticas europeu.

Um em cada seis jovens adultos na UE não estuda nem trabalha
Eurostat

Mulheres jovens com maior probabilidade de não estudarem ou trabalharem

Entre as pessoas com idades compreendidas entre os 20 e os 34 anos, mais de uma em cinco (21,5%) mulheres jovens e menos de um em sete (13,8%) rapazes eram NEET, mas estas percentagens variaram consideravelmente nos Estados-Membros da UE.

As taxas de NEET mais baixas ocorreram na República Checa (5,6% dos homens jovens) e na Holanda (9,5% das mulheres). Em contraste, as taxas mais altas de NEET foram registadas na Itália para homens e mulheres, de 24% e 35%, respetivamente.

Em 2020, a proporção de mulheres que não trabalhava, não estudava, ou estava em formação era maior em todos os países, em comparação com os homens. Em oito Estados-Membros da UE, a proporção de mulheres jovens com NEET era pelo menos 10 pp superior à percentagem correspondente de homens jovens.

Segundo o relatório, as menores disparidades de género verificaram-se em Portugal (0,6 pp), Lituânia (1,0 pp), Luxemburgo (1,6 pp) e Suécia (1,8 pp).

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