Governador do banco central de Alemanha e membro do Conselho do BCE, Joachim Nagel, argumenta que a inflação ainda está alta.
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Joachim Nagel, presidente del Bundesbank y miembro del BCE
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O presidente do Bundesbank, Joachim Nagel, acredita que ainda é cedo para pensar numa pausa no ciclo de subida das taxas de juro. O também membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) diz que é necessário esperar uma vez que a inflação continua alta - sobretudo a taxa subjacente, explicando que as medidas de política monetária demoram a ter efeitos na economia.

Penso que é muito cedo para pensar numa pausa”, disse o governador do banco central da Alemanha numa entrevista à Bloomberg TV, recolhida pela agência Europa Press, na qual defendeu a necessidade de esperar pelos próximos números, para avaliar a situação quando o BCE se reunir novamente em setembro.

Há que esperar por dados económicos antes de decidir rumo dos juros, insistem governadores

Na opinião de Nagel, ao longo do próximo ano, serão visíveis a maior parte dos efeitos relacionados com as medidas adoptadas pelo BCE durante os últimos 12 meses, embora tenha lembrado que a taxa de inflação ainda ronda os 5%, "portanto é demasiado elevada", uma vez que o objectivo é 2%.

“Há um caminho a percorrer, mas temos de esperar pelos dados económicos de setembro”, disse o responsável, no mesmo dia em que Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, veio dizer que o BCE precisa de ser cauteloso nas subidas de juros.

Nagel argumenta que embora a taxa global da inflação possa estar a diminuir, há o risco de que a inflação subjacente demore mais tempo a reduzir-se.

O  Banco Central Europeu (BCE) anunciou em julho uma nova subida do preço do dinheiro para 4,25% , apenas 50 pontos base dos máximos históricos. E o mercado não descarta um novo aumento na reunião de setembro. 

Por outro lado, o presidente do Bundesbank garantiu que não vê um cenário de “aterragem forçada” para a Alemanha e tem-se mostrado “bastante optimista”.

Neste sentido, Nagel garantiu que, apesar de se ouvir muito falar da Alemanha como "o doente da Europa. Este não é o caso", acrescentando que a adaptabilidade da economia alemã não deve ser subestimada, mesmo que esteja a passar por alguns meses difíceis.

“O terceiro trimestre parece bastante fraco, mas para o próximo ano estou mais optimista (…) não vejo que haja recessão e, como disse, a adaptabilidade da economia alemã é boa e faremos o nosso trabalho", defendeu.

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