
O Banco de Inglaterra decidiu esta quinta-feira, dia 20 de junho, manter as taxas de juro diretoras no Reino Unido em 5,25%, o nível mais alto em 16 anos, apesar de ter atingido em maio o objetivo de reduzir a inflação para 2%.
Os economistas estavam a contar com esta decisão, apesar de se esperar que o banco central comece a baixar as taxas diretoras em breve.
Esta é a última decisão do Banco de Inglaterra sobre as taxas de juro antes das eleições gerais de 4 de julho, para as quais todas as sondagens apontam para uma derrota dos conservadores do primeiro-ministro Rishi Sunak e uma vitória dos trabalhistas.
“A política monetária deve permanecer restritiva durante um período de tempo suficiente para que a inflação regresse ao objetivo de 2% de forma sustentável a médio prazo”, lê-se na ata da reunião do CPM.
No entanto, dois dos nove membros do comité votaram esta quinta-feira para que o Banco baixasse as taxas em um quarto de ponto, para 5%.
Na opinião do Banco de Inglaterra, os indicadores de inflação a curto prazo continuaram a moderar-se, sobretudo para as famílias, embora o ritmo de subida dos preços deva acelerar ligeiramente no segundo semestre deste ano, devido ao efeito comparativo da descida da energia nesse período em 2023.
O comité registou, em particular, a persistência da inflação no setor dos serviços, nomeadamente nos hotéis e restaurantes e na cultura.
Afirmou ainda que a economia britânica cresceu mais do que o esperado no primeiro semestre do ano, ao mesmo tempo que considerou que será muito difícil estimar a evolução do mercado de trabalho, “que continua a tornar-se mais flexível, mas permanece relativamente rígido em relação aos padrões históricos”.
A inflação homóloga do Reino Unido desacelerou para 2% em maio, contra 2,3% em abril, atingindo o objetivo estabelecido pelo Banco da Inglaterra pela primeira vez em quase três anos, informou na quarta-feira o Office for National Statistics (ONS).
A inflação atingiu o nível mais baixo em quase três anos, desde que se situou pela última vez em 2% em julho de 2021, antes do posterior aumento alimentado pela crise do custo de vida.
A próxima reunião de política monetária do Banco de Inglaterra realiza-se em 1 de agosto.
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