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Os pensionistas e os funcionários públicos inscritos na ADSE vão sofrer um novo corte no salário líquido, muito provavelmente a partir de junho. O Presidente da República, que tinha vetado o diploma do Governo, promulgou na sexta-feira o decreto do Parlamento que aumenta de 2,5% para 3,5% os descontos para a ADSE e para os subsistemas de saúde de polícias (SAD) e militares (ADM).

O diploma, que já foi enviado para publicação, prevê que a medida entre em vigor no dia seguinte a esta, mas uma vez que a maioria dos salários já foi processada, "a medida não terá efeitos no salário de maio, devendo ter impacto nos de junho", referiu esta quinta-feira ao Jornal de Negócios fonte das Finanças.

Este agravamento dos descontos de um ponto percentual soma-se ao reforço dos cortes salariais em vigor no início do ano que, a avaliar pelos dados ontem divulgados pela DGAEP, resultaram numa perda salarial média bruta superior a 5%.

Este é o terceiro aumento em menos de um ano. Os descontos passaram de 1,5% para 2,25% em agosto e para 2,5% em janeiro. Os funcionários públicos podem no entanto desistir da ADSE, possibilidade que não existe no caso dos polícias e militares, a pedido dos próprios sindicatos.

Funcionários públicos perderam mais de 5% do salário no início do ano

O reforço dos cortes salariais em janeiro retirou em média mais 5,1% à folha de vencimento dos funcionários públicos, face ao final do ano passado. Nos primeiros três meses de 2014 saíram do Estado 2.618 trabalhadores, também de acordo com o Jornal de Negócios.

Pela primeira vez é possível ter uma noção de quanto perderam os funcionários públicos com o reforço dos cortes salariais aplicado no início deste ano. Em média, a folha salarial dos trabalhadores do Estado – incluindo o vencimento base, prémios, subsídios ou suplementos regulares e horas extraordinárias – encolheu 5,1% em janeiro deste ano, quando comparado com o mês de outubro do ano passado, o que se traduz num corte médio de 81 euros.

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