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A administração fiscal portuguesa está a passar a pente fino as relações de todas as empresas nacionais com o Luxemburgo. Vários jornais internacionais noticiaram ontem que mais de 340 multinacionais canalizaram milhares de milhões de euros através do Luxemburgo, para aproveitarem acordos fiscais secretos e pagarem taxas de imposto que, em alguns casos, não passavam de 1%.

O Diário Económico noticia que na mira do Fisco está a identificação das sociedades que têm sucursais ou filiais naquele país e que possam estar a beneficiar de esquemas fiscais semelhantes aos que foram ontem revelados pela imprensa internacional.

A par do levantamento interno da Autoridade Tributária (AT) será também acionado o acordo de troca de informação fiscal, assinado em 2012 com o grão-ducado, com vista à obtenção de todos os elementos necessários pelas entidades portuguesas.

A investigação às empresas portuguesas, de acordo com o jornal, está a cargo da Direcção de Serviços de Investigação da Fraude e de Acções Especiais (DSIFAE).

O trabalho do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação está a colocar sob pressão as empresas envolvidas, o Governo do Luxemburgo e o novo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

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