Nas empresas envolvidas no Luxemburgo Leaks (LuxLeaks) com ligações a Portugal há um caso no setor imobiliário. Uma das últimas operações reveladas na imprensa internacional envolve o Deutsche Bank (DB) e várias sociedades veículo criadas no Luxemburgo para realizar investimentos imobiliários em países europeus. Em Portugal, estes esquema com data de 2009 envolveu o projeto para a criação de um resort de luxo no Algarve, o projeto Alfamar.
Uma subsidiária do DB (a Luxco I) investiu, segundo explica o Diário de Notícias, numa carteira de imóveis localizados em Portugal, através da sociedade GO II - Luxembourg Alfamar, que adquiriu a Alfamar Investments 2.
O projeto Alfamar é um empreendimento turístico na praia da Falésia, no Algarve, classificado como Projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN) e cujo financiamento para a recuperação do hotel de luxo chegou a ser preparado no âmbito das contrapartidas dos submarinos adquiridos à Alemanha.
O Deutsche Bank terá pedido - de acordo com os documentos disponibilizados - benefícios fiscais para os lucros deste projeto.
No caso KBLLIA, a ligação é feita através da subsidiária, a R.E. Internacional, que, por sua vez, adquiriu uma sociedade unipessoal, a Glencove, sediada na Madeira e detentora de uma outra sociedade (a Mad 2). Neste caso, terá sido solicitada a obtenção de isenção fiscal sobre os dividendos obtidos na Zona Franca da Madeira.
O LuxLeaks surgiu com a revelação-por parte do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) - de vários acordos fiscais (alegadamente, secretos) entre o governo luxemburguês e mais de 343 multinacionais. Os mesmos terão permitido que milhões de euros em receitas fiscais fugissem ao pagamento de impostos nos países onde as empresas estão registadas.
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