Os cerca de 2,5 milhões de consumidores domésticos que ainda permanecem no mercado regulado de eletricidade vão sofrer um agravamento de 3,3% da fatura a partir de 1 de janeiro do próximo ano.
Esta subida dos preços da eletricidade traduz-se num acréscimo de 1,14 euros por mês, para consumos médios anuais de 1.744 kWh, a que correspondem uma factura mensal de 35,3 euros, segundo os cálculos da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), citados pelo Diário Económico.
A justificar este aumento está o pagamento da dívida tarifária acumulada ao longo dos últimos anos que ascende em 2015 a 1.333 milhões de euros. Mais 416 milhões de euros do que os 918 milhões de euros que foram pagos o ano passado.
O défice tarifário, que o Executivo se comprometeu a eliminar até 2020, está estimado, para 2015, em 5.080 milhões de euros. Em 2014, era de 4.689 milhões de euros.
A pressionar em alta os preços da energia esteve ainda o baixo crescimento do consumo, uma componente que prejudica a diluição dos custos fixos com as atividades reguladas, como os encargos com as redes de transporte e distribuição.
Tarifa social desce
Quanto à tarifa social, que hoje abrange pouco mais de 60 mil consumidores económica e socialmente vulneráveis e que o Governo quer alargar a um universo de meio milhão de consumidores, registará uma diminuição de 14%.
Mercado livre de eletricidade tem tantos clientes quanto o regulado
O mercado livre de eletricidade já tem tantos clientes quanto o mercado regulado, revela o relatório mensal de agosto da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), publicado hoje.
Radiografia do dia: Custo da eletricidade na UE no segundo semestre de 2013
Portugal está entre os países da UE com os preços da energia mais altos. Segundo dados do Eurostat, relativos ao segundo semestre do ano passado, o valor médio pago pelos consumidores portugueses pela eletricidade foi de 21,3 euros, acima da média da UE, que era de 20,1 euros.
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